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Abel Ferreira Defende Estêvão: Foco, Transferência e a Visão Crítica do Mídia no Palmeiras
Por Redação FutVerdão em 27/06/2025 18:41
Em uma declaração que ressoa como um verdadeiro manifesto, o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, posicionou-se firmemente em defesa de Estêvão, o jovem talento alviverde. A pauta central foi a recente confissão do atleta sobre a dificuldade em manter o foco total no clube, dada sua iminente transferência para o Chelsea. Antes do confronto pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes contra o Botafogo, Abel não apenas apoiou seu pupilo, como também teceu severas críticas ao ambiente que cerca os jovens prodígios no futebol brasileiro.
A discussão ganhou contornos mais profundos quando Estêvão , com a franqueza típica de seus 18 anos, admitiu que a proximidade de sua partida para a Europa tem afetado sua concentração. A declaração, feita após o empate com o Inter Miami, revelou uma ansiedade compreensível para um garoto prestes a dar um salto gigantesco em sua carreira. Ele chegou a confidenciar que, em certos momentos, já se vê atuando no Velho Continente, uma perspectiva que, para Abel, é absolutamente normal e humana.
A Perspectiva de Abel: Defesa Inabalável
O treinador português demonstrou uma empatia notável, convidando a todos a se colocarem no lugar do jovem. "Se todos nós fizéssemos um esforço de estar no lugar dele, de ter 18 anos, idade da minha filha, e minha filha vai sair de casa e estamos assim dela sair. O Palmeiras tem uma coisa que ajuda e protege. Ao contrário de muitos clubes, o Palmeiras cuida de seus jogadores e por isso que os moleques vingam", enfatizou Abel, traçando um paralelo pessoal e revelando a filosofia de trabalho do Verdão.
Ferreira recordou a situação de Endrick, outro jovem que floresceu sob a tutela palmeirense, para exemplificar o cuidado do clube. "Lembra o que aconteceu com Endrick ? Pediram para ele ir para a equipe B. O Palmeiras protege e ajuda a crescer. Se tivéssemos um pouco de empatia. Ele é tão puro e ingênuo que falou da ansiedade. É normal. Não retiro uma vírgula do que eu já disse, que enquanto estiver aqui eu vou desfrutar", reiterou o técnico, reforçando que a sinceridade de Estêvão é um reflexo de sua juventude e autenticidade, não de falta de profissionalismo.
O Impacto da Mídia: Crítica e Reflexão
Apesar da iminente mudança para o Chelsea, Abel Ferreira fez questão de desvincular a questão do foco do desempenho em campo de Estêvão . O camisa 41 tem sido um desequilibrador, inclusive sendo eleito o melhor em campo em algumas partidas recentes. "Ele é um desequilibrador. Em relação ao rendimento... (foi eleito o melhor dos jogos). Eu não sei o que vocês querem. Acho que é normal, um moleque que foi transferido. O que nos distinguem dos animais? Sentimentos e emoções, então é normal. É normal estar ansioso, normal um moleque que tem um sonho. A verdade não podemos dizer, ele é tão puro e moleque por ter 18 anos que falou o que sentia, porque é normal, e uma boa parte o trucidou", desabafou o comandante alviverde, expondo sua frustração com a interpretação negativa de algo tão humano.
A fala de Abel escalou para uma crítica mais ampla à imprensa e à forma como os atletas são tratados. "É isso que vocês fazem nos jogadores aqui. Façam um resumo de jogadores top e ouçam o que dizem os jogadores sobre aqui. O Willian, vejam... É isso que vende, o sangue... É o que vende. Vocês ganham dinheiro de uma forma e nós de outra", disparou o técnico, evidenciando a busca por narrativas sensacionalistas em detrimento da análise do contexto e da humanidade dos envolvidos. Para ele, a pureza da declaração de Estêvão foi distorcida em busca de um "sangue" que, segundo Abel, é o que realmente "vende" no jornalismo esportivo atual.
O Futuro da Promessa: Confiança e Potencial
Abel Ferreira concluiu sua intervenção reiterando a importância de proteger e valorizar o talento de Estêvão , independentemente de sua futura casa. "Ele joga na seleção brasileira e podíamos ajudar o treinador da Seleção mostrando como joga bem. Quando não joga bem vem a mídia e (tapa na mão). Antes era o Messi, depois é o mané. Não é assim. Não vou pedir mais nada além do que ele já faz", finalizou o treinador, reafirmando sua confiança no potencial do garoto e repudiando a cultura de rotular e descartar jogadores com base em momentos de menor brilhantismo ou declarações mal interpretadas. A mensagem de Abel é clara: o Palmeiras continua sendo um porto seguro para seus jovens talentos, e a humanidade e o desenvolvimento dos atletas devem prevalecer sobre o espetáculo midíatico.
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