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Abel Ferreira Desvenda a Realidade do Palmeiras Pós-Vitória: Críticas, Futuro e Vitor Roque

Por Redação FutVerdão em 23/07/2025 22:12

Após uma vitória suada por 2 a 1 sobre o Fluminense, em um confronto válido pela 16ª rodada do Brasileirão 2025 no Maracanã, o técnico Abel Ferreira do Palmeiras ofereceu uma perspectiva profunda sobre o desempenho de sua equipe. Sua análise transcendeu o placar, abordando a identidade do elenco como um projeto construído para o "presente e futuro", um testemunho do trabalho contínuo que se desenvolve nos bastidores do clube.

O estrategista português, conhecido por sua franqueza, não se esquivou de confrontar o cenário de constante escrutínio que cerca o Palmeiras . Ele pontuou como os resultados menos favoráveis, por vezes, desencadeiam uma onda de críticas que, em sua percepção, ultrapassam os limites da construtividade e se tornam ofensivas.

Ferreira, com sua retórica habitual, expôs a natureza dessas avaliações externas que, segundo ele, muitas vezes são motivadas por interesses alheios ao mérito esportivo. Ele ressaltou a liberdade de opinião, mas também seus limites, ao citar a insistência em narrativas negativas sobre seu próprio trabalho:

Tem uns amigos seus que dizem que o treinador do Palmeiras não serve, é fraco, faz sempre a mesma coisa. Como são só opiniões, você tem a sua, os outros têm as delas e às vezes fazem de propósito porque convém, alguém manda. Temos uma equipe jovem, uma equipe para o presente, futuro e temos margem para melhorar.

A Resiliência do Verdão sob o Olhar de Abel Ferreira

O comandante alviverde aprofundou sua reflexão sobre a necessidade de uma blindagem mental frente à volatilidade do ambiente futebolístico brasileiro. Independentemente dos resultados, a equipe e sua comissão técnica são submetidas a uma polarização extrema, onde o sucesso eleva ao pódio e o revés atrai a desqualificação. "Vamos ganhar, perder. Vão dizer que somos melhores, piores. Mas não podemos duvidar do nosso valor, trabalho, resiliência, consistência e coragem que temos que ter para muitas vezes tampar o ouvido e os olhos. Mais que críticas construtivas, são críticas ofensivas, e isso é triste. A liberdade acaba quando começamos a tocar na do outro. Estamos num mundo que não há filtros," ponderou, evidenciando o desgaste emocional imposto por um debate público desprovido de filtros.

A discussão sobre a intensidade do escrutínio ganhou um foco mais particular quando Abel abordou a situação de Vitor Roque. O jovem atacante, cuja transferência se tornou a mais cara da história do futebol brasileiro, finalmente encerrou um período de mais de dois meses sem balançar as redes. Esse jejum, naturalmente, atraiu uma profusão de comentários negativos sobre seu desempenho.

Vitor Roque: Do "Bagre" ao "Pelé" em Questão de Dias

O treinador revelou que o próprio atleta foi o principal alvo dessas avaliações implacáveis. "Quem teve que ouvir foi ele. Ele já sabe. Para ser jogador nessa país e aguentar as críticas selvagens que fazem a jogadores com 20 anos, independente se ganham muito ou pouco, chamam de bagre. Tem ódio. Isso deixam marcas emocionais nos jogadores. Estamos a falar de um jogador que é capaz, e como nós parece que vivemos em um mundo perfeito, que todo mundo faz tudo perfeito no trabalho," afirmou Abel, sublinhando o impacto psicológico da hostilidade.

Ferreira estabeleceu uma distinção crucial entre a crítica construtiva e a ofensa pessoal. "Julgar e criticar está certo, está a jogar mal e ele sabe disso. O problema é a ofensa, quando passa do limite, e aqui passa muito do limite. Nós temos que acarinhar, chamar, sem medo nenhum. Quando estamos mal, não podemos dizer que estamos bem. O único mérito, se é que tive, foi confiar no trabalho dele. Nossos capitães fizeram o trabalho que teve que fazer. Nosso estafe técnico, nossa diretoria," explicou, atribuindo o fim do jejum de Roque à confiança depositada por todos os setores do clube.

A recuperação de Roque, contudo, não o isenta de uma nova onda de expectativas desmedidas, conforme a visão de Abel. "Aqui é 8 ou 80. Agora vão dizer que ele é o Pelé. Mas não é. É o mesmo Roque, tem defeitos e virtudes como todos. Claro que é bom, aumenta a confiança dele. É manter os pés na terra. temos que melhorar, ele individualmente, não só coletivamente. E temos que manter essa melhora, olhar pelos jogadores que temos agora e procurar a melhor forma. Porque aqui só importa quando ganha, nada mais importa," concluiu o técnico, enfatizando a necessidade de equilíbrio e a busca incessante por aprimoramento.

Palmeiras: A Busca por Consistência e o Futuro no Brasileirão

Com o triunfo sobre o Fluminense, o Palmeiras ascendeu à terceira colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, acumulando um total de 29 pontos após 14 jogos disputados. Este resultado posiciona a equipe na elite da competição, mantendo-a firmemente na corrida pelas posições de destaque.

O próximo desafio do Verdão será em seu domínio, o Allianz Parque, onde receberá o Grêmio no próximo sábado. A partida, agendada para as 21h (horário de Brasília), representa mais uma oportunidade para o Palmeiras demonstrar a resiliência e a evolução que Abel Ferreira tanto valoriza, em um campeonato que exige constância e a capacidade de superar as adversidades inerentes ao futebol de alto nível.

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Comentado em 24/07/2025 02:30 Roque vai crescer, confia na molecada, Palmeiras é gigante!
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Comentado em 24/07/2025 00:22 Abel sabe o que faz, esse time é jovem, tem pegada e vai evoluir muito ainda, tamo junto sempre!
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