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Abel Ferreira Detalha Virada do Palmeiras na Libertadores: Tática, União e Reflexões
Por Redação FutVerdão em 25/09/2025 01:11
O Palmeiras solidifica sua posição entre as potências continentais ao alcançar, pela décima segunda vez em sua história, as semifinais da Copa Libertadores. Em sua jornada rumo ao tetracampeonato, o Verdão demonstrou notável poder de reação ao reverter um placar desfavorável contra o River Plate, transformando um 0 a 1 em uma vitória convincente por 3 a 1.
O comandante alviverde, Abel Ferreira, ofereceu uma análise aprofundada sobre o desempenho da equipe. Ele admitiu que o gol sofrido inicialmente impactou a serenidade do elenco, mas ressaltou a intervenção estratégica no intervalo, onde a calma foi o pilar de sua mensagem aos jogadores.
Além do apelo à tranquilidade, Ferreira implementou ajustes táticos cruciais que se mostraram decisivos para o desenrolar do confronto. Essa combinação de liderança psicológica e inteligência estratégica foi fundamental para a reviravolta.
O Plano de Abel: Estratégia, Serenidade e Ajustes Decisivos
A primeira vez que o nosso adversário chegou na nossa meta fez o gol, isso nos tirou um pouco da tranquilidade. Não porque nós não tivéssemos a nossa forma de atacar bem definida, mas porque não fomos ousados e agressivos ofensivamente. O intervalo veio em uma boa hora, demos uma boa reação. Eu falei muito com os jogadores sobre a importância de um jogo como esse, de termos a calma e o foco das nossas energias naquilo que nós controlávamos. Fizemos também dois ajustes táticos, no primeiro tempo tínhamos só dois jogadores de cada lado, na segunda tínhamos três.
Apesar de o destaque individual ter recaído sobre a parceria ofensiva de Flaco López e Vitor Roque, que brilharam contra o River Plate, o técnico português enfatiza que a fase positiva do Palmeiras transcende o mérito de poucos. Para Abel, o êxito é um reflexo de uma engrenagem bem azeitada, onde cada componente, desde os atletas em campo até o suporte da arquibancada, desempenha um papel vital.
A Força Coletiva: O Pilar do Sucesso Palmeirense
Ele sublinha que a energia coletiva é o verdadeiro motor da equipe, abrangendo não apenas os titulares, mas também aqueles que aguardam uma oportunidade e a vibração emanada pelos torcedores. A percepção de um ambiente de confiança mútua ? onde a diretoria apoia o treinador, o treinador confia nos jogadores e os jogadores retribuem essa confiança ? é, segundo ele, o alicerce para performances como a observada na Libertadores.
Eu não posso falar desses dois jogadores sem falar daquilo que é a energia da equipe. Não só dos que jogam, mas daqueles que não jogam, da energia do jogo. É fácil de perceber quando os torcedores estão conosco, a gente sente isso na pele. Quando todos os torcedores estão conosco, a diretoria acredita naquilo que o treinador faz, o treinador acredita nos jogadores e os jogadores no treinador. Esses quatro pilares estão no mesmo sentido, estamos mais próximos de fazer jogos como esse.
As Cicatrizes do Passado: A Visão Crítica de Abel sobre o Futebol Nacional
Em um momento de sinceridade, Abel Ferreira não hesitou em trazer à tona as pressões e críticas intensas que a equipe e ele próprio enfrentaram após a eliminação na Copa do Brasil. O treinador afirmou que sua essência e métodos não se alteraram desde aquele período, e que as palavras duras proferidas pela torcida permanecem gravadas em sua memória.
Já disse várias vezes, o Brasil é um país especial, mas não pode ser do 8 ou do 80. Vocês sabem muito bem o que a torcida fez comigo e eu sou exatamente o mesmo. Não esqueço daquilo que fizeram, daquilo que me chamaram, a mim e aos meus jogadores, não esqueço. Isso está marcado no meu coração, algo que sangra por dentro.
Para ilustrar a volatilidade e as peculiaridades do cenário futebolístico brasileiro, o técnico alviverde citou a recente saída de Renato Gaúcho do Fluminense, após uma campanha notável no Mundial. Abel expressou sua perplexidade diante de certas decisões e da forma como os resultados extremos são avaliados, lamentando a cultura que ele descreve como a de "oito ou oitenta".
Fico muito triste ao ver o Renato Gaúcho deixar o Fluminense depois de fazer uma campanha extraordinária no Mundial. Às vezes custa-me entender isso, mas as decisões não são nossas, há coisas que são culturais, que não vão mudar. Vamos continuar neste caminho de quando vencemos somos os melhores do mundo e quando perdemos somos uma porcaria.
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