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Reviravolta no Caso Gabriela Anelli: Irmão Desiste de Ação Contra o Palmeiras
Por Redação FutVerdão em 18/12/2024 16:51
Desistência Inesperada da Ação Judicial
Em um desenvolvimento surpreendente no caso da morte da torcedora Gabriela Anelli, seu irmão, Felipe Anelli Marchiano, optou por retirar a ação de indenização por danos morais que havia movido contra o Palmeiras. O processo, que tramitava na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo desde outubro, buscava uma compensação financeira de R$ 1,15 milhão, englobando R$ 1 milhão por danos e R$ 150 mil em honorários advocatícios.
A decisão de Felipe Anelli foi formalizada por meio de um documento onde ele declara: "Por motivo de foro íntimo, o Autor não deseja prosseguir com a demanda e a requer a desistência da ação sem resolução do mérito". Este pedido encerra a busca por reparação financeira na esfera judicial contra o clube.
O Posicionamento do Palmeiras e o Silêncio do Advogado
Até o momento, o Palmeiras não se manifestou publicamente sobre a desistência da ação. Por outro lado, o advogado de Felipe Anelli, Juliano Nepomuceno, informou, através de sua secretária, que não fará comentários sobre o assunto. Esse silêncio de ambas as partes aumenta a especulação sobre os motivos que levaram à desistência.
A notícia da desistência foi inicialmente divulgada pelo portal Nosso Palestra e, posteriormente, confirmada pelo ge, que teve acesso aos documentos do processo. Essa reviravolta no caso levanta questionamentos sobre a busca por justiça e a complexidade dos processos legais envolvendo responsabilidade em eventos trágicos.
O Trágico Incidente e a Busca por Responsabilidade
Gabriela Anelli, de 23 anos, faleceu em 10 de julho de 2023, após ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço durante um confronto entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, nas imediações do Allianz Parque, em 8 de julho. Apesar de ter sido socorrida, ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito devido a uma "hemorragia aguda externa traumática".
O responsável pelo ataque, Jonathan Messias Santos da Silva, foi identificado e preso pela Polícia Civil de São Paulo, no Rio de Janeiro, com o auxílio de um sistema de reconhecimento facial. Este evento trágico gerou uma onda de indignação e acendeu o debate sobre a segurança em eventos esportivos.
A Defesa do Palmeiras e a Alegação de Ilegitimidade
O Palmeiras , em sua defesa apresentada em 4 de dezembro, argumentou que os incidentes ocorreram fora do estádio, em via pública, e que foram causados por um terceiro sem vínculo com o clube. A defesa alega que a segurança no local não era de sua responsabilidade, pois "que sequer tem competência para impor restrições e controlar cidadãos em via pública". O clube afirma ter cumprido todas as normas de segurança que lhe cabiam como mandante do evento.
O clube solicitou formalmente o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, pleiteando a extinção do processo sem resolução do mérito. Essa alegação questiona se o Palmeiras é o réu correto no caso. Adicionalmente, o clube pediu que, caso a preliminar não seja aceita, seja reconhecida a ausência de responsabilidade do clube e a revogação do direito à Justiça gratuita concedida a Felipe Anelli.
O Pedido de Desistência e suas Implicações
Curiosamente, uma semana após a defesa do Palmeiras , em 11 de dezembro, o irmão da torcedora solicitou a desistência da ação, justificando a decisão com a expressão "motivo de foro íntimo". Este termo jurídico denota razões pessoais e privadas, que não precisam ser explicitadas publicamente. Essa reviravolta no caso deixa em aberto muitas questões sobre a busca por justiça e a complexidade de processos legais envolvendo eventos trágicos.
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