Edu Manga: A Memória Viva do Palmeiras e Sua Trajetória Inesquecível

O cenário do futebol brasileiro amanheceu mais sombrio nesta sexta-feira (3), com a notícia do falecimento de Eduardo Antônio dos Santos, conhecido no universo esportivo como Edu Manga. Aos 58 anos, o ex-meia-esquerda, uma das mais notáveis joias lapidadas pelo Palmeiras na década de 1980, estava sob cuidados médicos em Barueri, lutando contra complicações renais.

Sua jornada no time principal alviverde teve início em outubro de 1985, após ser revelado nas categorias de base do clube. Durante o período de 1985 a 1989, Edu Manga defendeu as cores do Verdão em 188 confrontos, balançando as redes adversárias por 44 vezes. Essa performance não apenas o consolidou como um dos atletas mais admirados da sua geração, mas também lhe rendeu convocações para a Seleção Brasileira, pela qual disputou nove partidas oficiais entre 1987 e 1989.

O Legado Imortal no Coração Alviverde

A despedida de Edu do Palmeiras ocorreu em 1989, em um movimento de mercado que se tornou um capítulo peculiar na história do clube. Naquele mesmo ano, a diretoria alviverde optou por negociar seus dois talentosos meias-esquerdas. Curiosamente, enquanto Neto, outro craque da posição, foi incluído em uma transação com o Corinthians e se transformou na figura central do arquirrival, o destino de Edu Manga também tomou um rumo inusitado.

De fato, Edu também vestiria a camisa corintiana. Contudo, sua passagem pelo Parque São Jorge não conseguiu replicar o brilho e a intensidade demonstrados nos tempos de Palmeiras . No arquirrival, sua participação foi limitada a apenas 17 jogos, com um registro de seis vitórias, quatro empates e sete derrotas, sem conseguir anotar nenhum gol, conforme os dados registrados no "Almanaque do Corinthians", de Celso Dario Unzelte.

Veredas Cruzadas: A Saída do Verdão e o Desempenho no Rival

Após deixar o cenário nacional, Edu Manga encontrou destaque em solo internacional. No América do México, ele foi peça fundamental nas conquistas da Liga dos Campeões da Concacaf e da Copa Interamericana, ambas em 1990. Sua jornada pelo exterior também incluiu passagens pelo Shimizu S-Pulse, no Japão, e pelo Real Valladolid, na Espanha, onde alcançou a notável posição de quarto melhor estrangeiro do Campeonato Espanhol na temporada 1996/97. Posteriormente, defendeu as cores da Universidad Católica, no Chile.

De volta ao Brasil, o atleta ainda vestiu as camisas de Sport Recife e Náutico, antes de encerrar sua respeitável carreira no Figueirense, em 2002. A trajetória de Edu Manga, marcada por momentos de glória e desafios, permanece como um testemunho de seu talento e dedicação ao esporte.

O Brilho Além das Fronteiras e o Epílogo de uma Carreira Distinta