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Leila Pereira Expõe Imoralidade Financeira no Futebol Brasileiro e Cobra Medidas Drásticas
Por Redação FutVerdão em 11/08/2025 11:22
Em um cenário de debates cruciais para o futuro do esporte nacional, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não hesitou em vocalizar sua insatisfação com a atual conjuntura financeira do futebol brasileiro. Em um evento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) focado em fair play financeiro, realizado nesta segunda-feira (11), a dirigente alviverde foi incisiva ao defender a implementação de regras mais rigorosas para controlar os gastos e a regularidade dos pagamentos dos clubes.
A empresária expressou uma visão pessimista sobre o porvir da modalidade no país, caso a Confederação não adote medidas mais firmes para coibir a inadimplência e regularizar as obrigações financeiras. Sua fala carregou um tom que muitos interpretaram como uma alfinetada direta ao Corinthians, arquirrival que, nos últimos anos, tem enfrentado notórios desafios financeiros e constante atraso em seus compromissos. Vale ressaltar que o time do Parque São Jorge superou o Alviverde na conquista do Paulistão de 2025 e o eliminou nas oitavas de final da Copa do Brasil, fatos que adicionam uma camada de contexto às declarações de Leila.
A presidente do Palmeiras não se furtou a apontar a disparidade competitiva gerada pela falta de controle financeiro. Ela enfatizou a ironia de um clube que cumpre religiosamente suas obrigações ser superado por adversários que ignoram seus débitos. É uma questão de integridade que, segundo ela, precisa ser urgentemente endereçada.
A Imoralidade Que Prejudica O Futebol
"Eu concordo com a ideia de alguns presidentes, que aqueles clubes, que compram jogadores e não pagam, não podem contratar novamente. O Palmeiras é um clube que paga rigorosamente em dia clubes, profissionais, atletas, a gente não atrasa um dia. E, às vezes, nós somos desclassificados por clubes que não pagam absolutamente ninguém,"
declarou Leila Pereira, evidenciando o cerne de sua indignação. A dirigente ressaltou a natureza "imoral" da situação, onde a moralização do esporte se torna imperativa para evitar que equipes adimplentes sejam lesadas por aquelas que persistem em suas dívidas.
"Nada contra os outros clubes, o que eu vou falar é claro. O que o torcedor quer são títulos, quer a classificação, mas no futuro essa conta vai chegar. Então, será bom para o futebol brasileiro ter essa moralização, porque é imoral que clubes que pagam em dia sejam prejudicados em detrimento de outros clubes que não pagam absolutamente ninguém,"
complementou, alertando para as consequências futuras de uma gestão financeira irresponsável.
Leila Pereira demonstrou uma grande expectativa em relação à nova gestão da CBF, especialmente no que tange à promessa de implementação do fair play financeiro. Ela vê essa medida como fundamental para o desenvolvimento do futebol nacional e, em particular, para a viabilização da tão almejada liga de clubes. A presidente do Palmeiras sublinhou que, embora seu clube possua diversas propostas e ideias, a iniciativa e a firmeza da CBF são essenciais para que o processo de moralização de fato se inicie.
Palmeiras: Um Modelo De Gestão Financeira
Ao abordar a relevância do fair play financeiro, Leila Pereira também fez questão de esclarecer a política de vendas de atletas do Palmeiras , que prioriza a segurança financeira. A presidente enfatizou o cuidado em negociar jogadores apenas com entidades que demonstram comprovada solvência, especialmente no mercado internacional. Essa prática visa proteger o clube de futuras inadimplências e garantir a entrada de recursos de forma transparente e segura.
"Não, não tem clubes devendo ao Palmeiras porque, primeiramente, eu vendo pouco para clubes que não pagam ninguém. A grande maioria dos nossos atletas nós vendemos para o exterior, para clubes adimplentes. Hoje, atualmente, eu não tenho nenhum clube devendo ao Palmeiras,"
afirmou Leila, reiterando a solidez da gestão financeira do Palmeiras . A declaração reforça a posição do clube como um modelo de responsabilidade, contrastando com o panorama de endividamento que assola uma parcela significativa do futebol brasileiro.
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