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Palmeiras: A Contradição de Abel no Ataque e o Futuro Incerto
Por Redação FutVerdão em 17/07/2025 10:52
O Palmeiras, sob o comando de Abel Ferreira, encontra-se num momento de questionamento tático, especialmente no que tange à sua capacidade ofensiva. Apesar de um investimento considerável e um elenco que, em tese, oferece mais opções, o desempenho do Verdão no ataque tem deixado a desejar, gerando um paradoxo que intriga analistas e torcedores.
O Enigma Tático do Ataque Alviverde
Danilo Lavieri, renomado colunista, trouxe à tona uma ponderação relevante sobre a atual fase da equipe. Ele observa que, embora a solidez defensiva ainda seja uma marca, com o time sofrendo poucas finalizações adversárias ? como exemplificado pelo confronto contra o Mirassol, onde o adversário teve apenas três arremates e um gol ?, a ausência de criatividade ofensiva é alarmante. O Palmeiras , que antes se destacava por virtudes como a eficiência em bolas paradas e a agilidade nas transições, parece ter perdido essas valências cruciais.
O Palmeiras é um time que se defende ok, tem encaixe defensivo ainda bom, o Palmeiras ontem sofreu três finalizações, o Mirassol chegou pouquíssimo na área do Palmeiras : foi um chute e foi gol. Então, defensivamente, o Palmeiras não tem sofrido tanto.
O que falta é criar maneiras de você balançar a rede. O que o Palmeiras não tem mais? Bola parada, isso sumiu. O Palmeiras tinha uma transição rápida, um contra-ataque, uma esticada, achava uma bola, conseguia achar o resultado, achar uma maneira de criar.
O Palmeiras tinha algumas virtudes, algumas valências, que hoje a gente não consegue ver, especialmente no setor ofensivo.
A percepção é que o time, que antes encontrava soluções para balançar as redes por meio de diferentes estratégias ? seja pela bola parada, pelo contra-ataque fulminante ou pela construção de jogadas ? hoje demonstra uma notável dificuldade em gerar oportunidades claras. Essa carência no setor ofensivo representa um desafio significativo para o técnico português.
Abel Ferreira: Capacidade Comprovada e o Cenário Atual
Diante desse cenário, a continuidade de Abel Ferreira no comando técnico do Palmeiras tem sido debatida intensamente. Lavieri, no entanto, pondera que, apesar das críticas e do descontentamento de parte da torcida, que já cogita o encerramento de um ciclo, ainda não é o momento de pregar o "fora, Abel". A argumentação reside no histórico do treinador.
Eu ainda não estou no barco do 'fora, Abel', 'pardal', 'não serve', que é o que a gente vê alguns palmeirenses já falando. A gente vê uma parte da torcida, ontem, no pós-jogo, torcedores com quem eu conversei na saída do Allianz Parque, vários deles dizendo que o ciclo já se encerrou.
O colunista enfatiza que Abel Ferreira já demonstrou sua capacidade de construir equipes vencedoras com menos recursos à disposição. Ele recorda que nas temporadas de 2020, 2021 e 2022, quando o Palmeiras conquistou títulos importantes, o elenco era, em tese, menos robusto em termos de investimento e profundidade se comparado ao atual, que recebeu aportes de R$ 500 milhões.
O Paradoxo do Investimento e a Expectativa de Melhoria
A grande questão é como um técnico que "funciona melhor na escassez", como já apontado por outros analistas, não consegue replicar o mesmo nível de desempenho com um elenco mais qualificado e fruto de um alto investimento. Embora perdas como a de Paulinho e Estêvão sejam notáveis, a expectativa é que a qualidade geral do plantel permita ao treinador explorar novas soluções táticas e elevar o patamar do futebol apresentado.
O Abel montava times melhores quando tinha menos do que agora, quando tem mais jogador e teve um investimento de R$ 500 milhões.
Em 2020, 2021, 2022, quando o Palmeiras ganhou, o Palmeiras tinha menos. Então, eu acredito que o treinador tem capacidade de fazer esse time jogar mais.
Lavieri reitera sua convicção de que Abel Ferreira possui o potencial e a competência para reverter o quadro e fazer o Palmeiras atuar em um nível superior. A responsabilidade, portanto, recai sobre o técnico de encontrar as chaves para destravar o potencial ofensivo do time e resgatar as virtudes que o tornaram tão dominante em temporadas anteriores, transformando o investimento em performance palpável em campo.
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