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Palmeiras: A 'Poupança' da Base Que Gera Milhões e Sustenta o Clube

Por Redação FutVerdão em 07/09/2025 05:41

A Academia de Futebol do Palmeiras transcende a mera formação de atletas; ela se consolidou como um pilar fundamental da saúde financeira do clube. O sucesso das categorias de base não apenas nutre o elenco principal com talentos, mas também opera como uma engenhosa "poupança", essencial para manter um fluxo de caixa robusto e viabilizar a aquisição de reforços de peso.

João Paulo Sampaio, o experiente coordenador da base alviverde, trouxe à luz a dimensão dessa operação. Ele revelou que o clube detém participação nos direitos econômicos de impressionantes 142 jogadores que, embora tenham sido lapidados na Academia, não alcançaram a equipe profissional do Verdão.

Essa teia de influência se estende por diversos cenários do futebol, com esses atletas atuando em clubes da Série A e B do Brasil, em Portugal e, mais recentemente, no mercado emergente da Arábia Saudita. Sampaio, em entrevista, descreveu essa rede como

"a nossa poupança"
, utilizando o caso de Gustavo Mancha como um exemplo claro da eficácia desse modelo.

É inegável que o Palmeiras hoje possui um elenco profissional de altíssimo nível, o que naturalmente restringe as oportunidades para os jovens talentos da base. Apenas aqueles com potencial verdadeiramente extrassérie conseguem não só a transição, mas também a consolidação. Casos recentes como Endrick (negociado por 62 milhões de euros), Estêvão (61,5 milhões de euros), Luis Guilherme (30 milhões de euros) e Vitor Reis (40 milhões de euros) ilustram essa seletividade, representando vendas estratosféricas que impulsionam o clube a um patamar financeiro diferenciado.

O Patrimônio Oculto da Base Alviverde

Para a vasta maioria dos atletas formados que não encontram espaço no time principal, o clube adota uma estratégia de duplo caminho. Uma das opções é a negociação definitiva, enquanto a outra envolve a liberação do jogador para novos clubes sem custos imediatos, mas com a condição crucial de manter uma fatia significativa dos direitos econômicos para futuras transações. Este modelo assegura uma potencial receita em vendas subsequentes.

Além disso, o Palmeiras se beneficia ativamente do mecanismo de solidariedade da FIFA. Essa regulamentação internacional garante uma remuneração percentual ao clube formador a cada transferência futura do jogador, transformando cada ex-atleta da base em uma fonte de receita passiva e contínua.

O zagueiro Gustavo Mancha é um exemplo didático da inteligência por trás dessa "poupança" alviverde. Sua recente movimentação do Fortaleza para o Olympiacos, por 4,5 milhões de euros (o equivalente a pouco mais de R$ 28,4 milhões na cotação atual), resultou em um retorno de R$ 8,4 milhões para os cofres palmeirenses.

Mancha percorreu as categorias sub-15, sub-17 e sub-20 do Alviverde, inclusive conquistando a prestigiada Copinha em 2023. No entanto, a oportunidade de integrar o elenco profissional do Palmeiras nunca se concretizou. Sua transferência para o Fortaleza, onde inicialmente integrou a base e depois ascendeu ao time principal, foi estrategicamente monitorada pelo Palmeiras , que reteve 30% de seus direitos econômicos ? uma decisão que se provou financeiramente acertada nesta última janela de transferências.

Mecanismos de Retenção e Geração de Fundos

A mesma lógica se aplica a outros jovens defensores. Pedro Felipe, por exemplo, foi negociado com a Juventus por R$ 12 milhões, com o Palmeiras mantendo 30% de seus direitos. Fellipe Jack também foi vendido por R$ 12 milhões, e o clube assegurou 35% de seu passe. Gabriel Vareta, por sua vez, transferiu-se para o Al Wasl, dos Emirados Árabes, em um negócio que pode alcançar R$ 20 milhões, além da manutenção de uma porcentagem dos direitos.

É notável que, assim como Mancha, nenhum desses atletas chegou a disputar uma partida sequer pela equipe principal do Palmeiras , evidenciando a eficácia do modelo de negócio para gerar valor a partir de jogadores que não encontram espaço imediato no time de cima.

Jogador Destino Valor da Negociação (Inicial) Percentual Retido pelo Palmeiras
Pedro Felipe Juventus R$ 12 milhões 30%
Fellipe Jack Não especificado R$ 12 milhões 35%
Gabriel Vareta Al Wasl (EAU) Até R$ 20 milhões Porcentagem mantida

Um exemplo que ilustra um modelo de negócio ligeiramente distinto é o do goleiro Mateus. Ele deixou o clube para assinar com o Alverca nesta temporada. Apesar de o Palmeiras não ter recebido compensação financeira direta pela sua saída, garantiu 50% dos direitos econômicos do jogador. Mateus fez parte do elenco profissional , mas, similarmente aos zagueiros citados, não teve a oportunidade de atuar em jogos oficiais, reforçando a abrangência da estratégia de valorização e retenção de direitos.

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Comentários:
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Marcelo

Marcelo

Nível: Semipro

Rank: 21334

Comentado em 07/09/2025 10:00 Esses moleques da base são tipo um cofrinho: pouco por mês, mas no fim rola uma grana braba, rsrs
Ricardo

Ricardo

Nível: Semipro

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Comentado em 07/09/2025 07:50 Palmeiras é top na formação, essa base é ouro puro, futureiros mil vezes campeão. Bora que dá, mlk!
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