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Palmeiras: Acordo Estratégico com Al-Sadd Põe Fim à Disputa de Abel Ferreira
Por Redação FutVerdão em 12/08/2025 11:11
Uma pendência jurídica que pairava sobre o comando técnico do Palmeiras e, por extensão, sobre o próprio clube, foi finalmente resolvida. O Al-Sadd, do Catar, e o Palmeiras , em conjunto com o técnico Abel Ferreira, formalizaram um entendimento que encerra a ação movida pela equipe árabe na FIFA. A boa notícia para o Verdão e seu treinador é que o desfecho não implicará em qualquer desembolso financeiro direto por parte de nenhum dos envolvidos para liquidar a disputa.
O cerne da resolução, no entanto, reside em uma complexa engenharia envolvendo os direitos econômicos do atacante Giovani. As conversas entre as diretorias do Palmeiras e do Al-Sadd convergiram para um arranjo que impede a ativação de uma cláusula contratual anterior. Segundo informações iniciais, o clube catari, que já detinha 50% dos direitos do jovem atleta, estaria obrigado a adquirir um adicional de 25% por aproximadamente R$ 10 milhões, condicionado ao cumprimento de metas esportivas. Este 'gatilho' agora é neutralizado pelo novo pacto, garantindo que ambas as agremiações mantenham a paridade, com 50% dos direitos de Giovani para cada lado.
O Imbróglio Jurídico: A Ação do Al-Sadd e a Resposta de Abel
A disputa que culminou neste acordo teve início em 2024, quando o Al-Sadd protocolou uma queixa formal na "Player's Status Chamber" da FIFA, um órgão competente para dirimir conflitos contratuais internacionais envolvendo atletas e treinadores. A alegação central do clube catari era o suposto descumprimento de um pré-contrato por parte de Abel Ferreira, que deveria ter assumido o comando técnico da equipe no início do ano anterior. Por essa quebra, o Al-Sadd pleiteava uma indenização de 5 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 31 milhões na cotação da época.
A defesa do treinador português, por outro lado, não tardou em retaliar. Em uma contra-ação, os representantes de Abel Ferreira argumentaram que o documento em questão não passava de uma "carta de intenções", desprovida dos pormenores necessários para ser considerada um vínculo contratual formal. Consequentemente, a equipe jurídica do técnico também reivindicou a mesma quantia de 5 milhões de euros, transformando a situação em um impasse bilateral e de alto risco financeiro para ambas as partes.

A Estratégia do Palmeiras e a Solução Através de Giovani
Diante do cenário de mútua acusação e com a perspectiva de um litígio prolongado na FIFA, a entidade máxima do futebol interveio, propondo uma sessão de mediação para buscar um consenso. Foi neste ponto que o Palmeiras , capitalizando sobre o bom relacionamento preexistente entre as cúpulas diretivas dos dois clubes, assumiu um papel proativo na busca por uma saída negociada. A situação do atacante Giovani emergiu, então, como o pivô central para o desfecho.
O Al-Sadd, ciente da cláusula que o obrigaria a desembolsar R$ 10 milhões pela aquisição de mais 25% dos direitos de Giovani caso certas metas esportivas fossem alcançadas, optou por uma estratégia que prejudicava o próprio atleta: o jogador não estava sendo utilizado plenamente para evitar a ativação desse 'gatilho' financeiro. O Palmeiras , com astúcia, argumentou à diretoria catari que tal postura era prejudicial a ambos ? resultando em perdas financeiras para o Verdão e um desperdício de potencial esportivo para o Al-Sadd. A solução, portanto, consolidou-se: cada clube manterá sua fatia de 50% dos direitos econômicos do atacante, e, em contrapartida, o processo envolvendo Abel Ferreira na corte da FIFA será arquivado, sem que haja qualquer compensação financeira entre as partes litigantes.
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