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Palmeiras Derrotado: Análise Detalhada da Queda na Fonte Nova
Por Redação FutVerdão em 28/09/2025 18:22
O Palmeiras, conhecido por sua solidez e sequência vitoriosa, encontrou um ponto de inflexão na temporada ao ser superado pelo Bahia. A equipe alviverde, que ostentava uma impressionante invencibilidade de dez jogos, viu essa marca ser quebrada em um confronto que expôs fragilidades e desafios, enquanto o adversário, por sua vez, celebrava o fim de um período de resultados adversos e uma reaproximação do G4 do campeonato. A partida, marcada por uma série de incidentes, levanta questões importantes sobre a gestão de elenco e a capacidade de adaptação em momentos críticos.
A derrota palestrina não pode ser atribuída a um único fator. O desgaste físico, consequência de uma sequência de jogos intensos, incluindo a batalha recente contra o River Plate, manifestou-se de forma evidente no segundo tempo. Contudo, o que mais impactou a performance inicial do Verdão foram as duas lesões sofridas ainda na primeira etapa, que forçaram o técnico Abel Ferreira a realizar substituições precoces, limitando suas opções estratégicas para o decorrer do embate. Essa contingência, combinada com uma produção ofensiva aquém do esperado, pavimentou o caminho para o revés.
O Desafio das Escalações e as Ausências Cruciais
Antes mesmo do apito inicial, as escolhas e ausências já delineavam o cenário tático. Pelo lado do Bahia, o técnico Rogério Ceni manteve a base, mas com adaptações. Caio Alexandre e Erick Pulga continuaram de fora, com Acevedo e Sanabria novamente entre os titulares. A suspensão de Jean Lucas abriu espaço para Rodrigo Nestor no meio-campo, e Kayky foi a opção para a ponta-direita. O retorno de Ademir após mais de um mês de recuperação, ainda que no banco de reservas, representava uma carta na manga para o Esquadrão.
Já no Palmeiras , Abel Ferreira precisou lidar com a ausência de Khellven, escalando Giay na lateral-direita. Aníbal Moreno, poupado, foi substituído por Emiliano Martinez no meio-campo. O restante da equipe refletia a formação que vinha atuando regularmente, demonstrando a confiança do treinador nos atletas disponíveis, apesar do acúmulo de minutos em campo para muitos deles.
| Bahia (Rogério Ceni) | Palmeiras (Abel Ferreira) |
|---|---|
| Acevedo | Giay |
| Sanabria | Emiliano Martinez |
| Rodrigo Nestor (substituindo Jean Lucas) | Demais atletas regulares |
| Kayky | |
| Ademir (banco de reservas) |
A Intensidade do Primeiro Tempo e o Preço das Lesões
O início do jogo na Fonte Nova prometeu mais do que entregou em termos de fluidez técnica, mas não faltou intensidade e agressividade por parte de ambas as equipes. A alta competitividade dos duelos e as 16 faltas assinaladas em 49 minutos, além das duas substituições forçadas por lesão no Palmeiras , atestam o ritmo frenético. O refinamento na criação de jogadas, contudo, foi um elemento que ficou em segundo plano.
O controle da partida alternou entre os times em uma etapa marcada pelo equilíbrio. Inicialmente, o Palmeiras levou vantagem. Sua marcação, bem ajustada e forte, dificultava o avanço do Bahia, permitindo retomadas de posse no campo de ataque. Quando não era possível desarmar à frente, o Verdão se reorganizava em zonas mais recuadas, buscando acelerações em transições ofensivas bem executadas. O goleiro Ronaldo foi exigido em duas ocasiões importantes, defendendo finalizações de Flaco López e Felipe Anderson de fora da área. López , um dos destaques palestrinos antes do intervalo, ainda assustaria nos acréscimos, com uma tentativa de meia-bicicleta que passou à esquerda da meta.
Ainda na primeira etapa, Abel Ferreira foi obrigado a retirar Lucas Evangelista e Piquerez. O volante sentiu a posterior da coxa, enquanto o lateral saiu com dores no joelho direito. Essas duas substituições, que "queimaram" paradas do Palmeiras , trouxeram Aníbal Moreno e Jefté para o campo. Naturalmente, o nível da equipe sofreu um declínio, especialmente na dinâmica ofensiva e nos movimentos de aproximação à área adversária que Evangelista costuma realizar.
O Bahia também teve suas investidas perigosas. Em alguns momentos, conseguiu desvencilhar-se da marcação palmeirense com mobilidade e combinações precisas. Sanabria e Kayky, atuando bem abertos, causaram dificuldades a Giay e Piquerez , sendo protagonistas da melhor jogada do time no primeiro tempo, que culminou em um chute cruzado de Kayky defendido por Weverton. Willian José ofereceu bons apoios pelo centro, e Gilberto se projetou pontualmente como elemento surpresa. Willian José e Gabriel Xavier arremataram jogadas de menor perigo, enquanto Everton Ribeiro e Rodrigo Nestor tiveram pouca influência na articulação, embora Luciano Juba tenha distribuído bons passes, como de costume.
O Golaço de Ademir e a Inevitável Derrota
O Bahia retornou para a segunda etapa com uma postura mais agressiva. Acevedo, Everton Ribeiro e Rodrigo Nestor elevaram seu índice de acerto nos passes, e a equipe baiana chegou com perigo em duas ocasiões antes dos cinco minutos, com Weverton realizando uma defesa crucial em um chute do camisa 10 tricolor. Aos poucos, o Palmeiras conseguiu avançar sua marcação, vencendo duelos no campo de ataque e reequilibrando as ações.
Vitor Roque foi mais acionado e conseguiu "amarelar" Gabriel Xavier e Gilberto ainda na primeira metade do segundo tempo, resultando em faltas próximas à área que desaceleraram o jogo e o ímpeto dos donos da casa. Por outro lado, Sanabria mantinha sua superioridade sobre Giay, que já possuía cartão amarelo e se mostrava um elo frágil na defesa palmeirense.
Rogério Ceni esperou ultrapassar a metade do segundo tempo para realizar suas alterações, colocando Ademir, Tiago e Michel Araújo nos lugares de Kayky, Willian José e Rodrigo Nestor. Abel Ferreira, por sua vez, usou sua única parada restante para fazer três mudanças: Allan, Ramon Sosa e Facundo Torres entraram no lugar de Vitor Roque , Felipe Anderson e Andreas Pereira. Flaco López , então, passou a atuar mais centralizado entre os zagueiros.
A partida se tornou mais aberta, e o Bahia não demorou a capitalizar a capacidade individual de Ademir. Após uma reposição rápida e precisa de Ronaldo, Ademir atacou as costas de Jefté, driblou o lateral do Palmeiras e, com um belíssimo chute no ângulo de Weverton , marcou o gol decisivo aos 32 minutos do segundo tempo. Um verdadeiro golaço!
Na reta final do confronto, Ceni renovou o fôlego do meio-campo com a entrada de Rezende no lugar de Acevedo. O Palmeiras ainda esboçou uma reação, chegando perto de assustar em uma cabeçada de Allan . Nos acréscimos, Gustavo Gómez se adiantou, assumindo uma posição de "centroavante", mas o Verdão não encontrou a força e a capacidade necessárias para alcançar o empate. A invencibilidade de dez jogos foi quebrada, e Ademir ainda quase marcou o segundo gol do Bahia no último lance da partida.
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