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Palmeiras e Flamengo Seguram Unificação da Liga de Futebol: Entenda os Bastidores
Por Redação FutVerdão em 10/07/2025 21:41
As tratativas para a formação de uma liga unificada que gerencie o Campeonato Brasileiro e centralize a comercialização dos direitos de transmissão seguem em curso, envolvendo a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte União (LFU). Contudo, um documento crucial para a consolidação desse processo, um memorando de entendimento para a unificação, não obteve a adesão de três gigantes do futebol nacional: Palmeiras, Flamengo e Corinthians.
Embora 30 dos 40 clubes que compõem as Séries A e B do Brasileirão tenham manifestado apoio ao documento, a ausência de assinaturas de clubes de peso como Palmeiras e Flamengo, ambos membros da Libra, levanta questionamentos. Segundo apuração do Estadão, a principal demanda desses clubes reside na necessidade de maior clareza e detalhamento acerca das questões comerciais contidas na carta de intenções. O Corinthians, por sua vez, figura entre os não-signatários da LFU, evidenciando uma resistência multifacetada à proposta atual.
Mesmo com a eventual unificação da organização e da venda de direitos, o modelo previsto indica que Libra e LFU permaneceriam como agrupamentos distintos. A abrangência comercial da futura liga vai além dos direitos televisivos, englobando também a negociação de espaços publicitários em placas e os direitos de nome (naming rights) do próprio torneio, o que sublinha a complexidade e o valor envolvido nas discussões.
Palmeiras e a Resistência à Unificação da Liga
As considerações técnicas também são um pilar fundamental das negociações. Aspectos como a elaboração do calendário de jogos e a gestão da arbitragem são pontos de intenso debate. Há uma expectativa de que um fundo de investimento possa ser o responsável por injetar recursos em áreas cruciais, como a implementação de tecnologia avançada na arbitragem e o aprimoramento da condição física dos juízes, visando elevar o padrão do espetáculo.
A iniciativa de criar uma liga é uma das prioridades de Samir Xaud, recentemente eleito para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que tem participação ativa nas mesas de negociação. A CBF, contudo, manterá a responsabilidade pela organização das divisões inferiores do futebol nacional e da Copa do Brasil, o que a coloca como um ator relevante na definição do calendário esportivo.
O Futuro da Gestão do Campeonato Brasileiro
Já se tornou consenso que a implantação da liga para o ano de 2026 é inviável. Dessa forma, a edição do Brasileirão do próximo ano continuará sob a supervisão da CBF. A projeção, entretanto, é que toda a documentação necessária para a existência da liga esteja finalizada até o término de 2025, com a expectativa de que ela comece a operar efetivamente em 2027.
A unificação das vendas dos direitos de transmissão televisiva, um dos pilares da proposta, está programada para ocorrer somente a partir de 2030. Isso se deve ao fato de que Libra e LFU possuem contratos individuais com as emissoras que se estendem até 2029. É importante ressaltar que os acordos de transmissão atualmente em vigor já representam uma distribuição de valores mais equitativa em comparação com modelos de negociação anteriores. A expectativa é que, com a unificação, essa tendência de equilíbrio financeiro seja ainda mais acentuada entre os clubes.
Direitos de TV: Cenário Atual e Perspectivas de Equilíbrio
Atualmente, a Libra mantém um acordo de exclusividade com a Rede Globo para a transmissão de jogos em TV aberta, TV fechada e no sistema de pay-per-view (via Premiere). Por outro lado, a LFU diversificou suas parcerias, fechando um contrato para um jogo exclusivo com a Amazon Prime Video, além de outros jogos com o Premiere, a CazéTV (no YouTube) e a Record (na TV aberta), demonstrando a busca por diferentes plataformas para alcançar o público.
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