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Palmeiras Empata no Barradão: Análise da Reação Alviverde e Falhas do Adversário

Por Redação FutVerdão em 04/08/2025 04:12

O embate pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, que culminou em um empate de 2 a 2 entre Vitória e Palmeiras no último domingo à noite, revelou aspectos cruciais da capacidade de adaptação e resiliência do elenco alviverde. Embora o placar final possa sugerir um tropeço, a maneira como o Palmeiras reverteu uma desvantagem, especialmente após o adversário demonstrar um ímpeto ofensivo e uma evolução tática notável, merece uma análise detalhada.

O Vitória, que recentemente superou um período de sete jogos sem balançar as redes durante a transição de comando técnico, exibiu um ataque mais consistente, marcando gols pela quarta partida consecutiva. Contudo, suas vulnerabilidades defensivas, principalmente na bola aérea e uma tendência a recuar excessivamente nas etapas finais dos confrontos, foram elementos-chave que o Palmeiras soube explorar, garantindo um ponto que, dadas as circunstâncias, adquiriu um valor considerável.

O Início Turbulento e a Resposta Alviverde

Os primeiros instantes da partida foram marcados por um Palmeiras que enfrentava dificuldades para impor seu ritmo de jogo. A equipe baiana, apesar de iniciar com lances pouco efetivos e muitos chutões, conseguiu conter as investidas alviverdes. O goleiro Lucas Arcanjo, do Vitória, foi acionado para realizar uma defesa importante após um cruzamento mal afastado, e Emiliano Martínez, do Palmeiras , desperdiçou uma oportunidade clara originada de escanteio, sublinhando os desafios iniciais do ataque palmeirense.

A partir dos vinte minutos, o jogo ganhou em intensidade, com ambas as equipes protagonizando transições rápidas e perigosas. O Palmeiras , mesmo diante de um adversário que demonstrava agilidade nas pontas e boa organização em contra-ataques, manteve-se atento. O primeiro gol do Vitória, aos 33 minutos, foi um exemplo de boa construção, com Ronald recuperando a bola e acionando Kayzer para finalizar com precisão, evidenciando a necessidade de uma resposta tática do Verdão.

Apesar do gol sofrido, o Palmeiras não se desestabilizou. O final do primeiro tempo viu o Vitória pressionar em busca do segundo gol, com uma finalização perigosa de Baralhas que acertou o travessão. Esse período serviu como um alerta para a equipe técnica do Palmeiras , que precisaria ajustar a estratégia para o segundo tempo.

A Virada Tática e a Eficácia da 'Cavalaria'

O segundo tempo começou com o Palmeiras buscando a recuperação, enquanto o Vitória mantinha um nível de atuação elevado, com chegadas rápidas pelas laterais e uma aparente solidez defensiva. No entanto, a entrada da "cavalaria titular" do Palmeiras ? Piquerez, Sosa, Vitor Roque e Facundo Torres ? alterou significativamente a dinâmica do jogo. Essa mudança, que visava trazer mais agressividade e qualidade técnica, foi decisiva.

Apesar do segundo gol do Vitória, marcado por Erick aos 19 minutos em uma jogada individual após roubada de bola no meio-campo, a resposta palmeirense foi imediata. A fragilidade do lado esquerdo da marcação do Vitória, que até então conseguia conter as investidas, foi exposta. Aos 24 minutos, em uma infiltração na grande área, Baralhas cometeu pênalti em Sosa, e Piquerez converteu, diminuindo a diferença e reacendendo as esperanças alviverdes.

As substituições no Vitória, que buscavam fechar o meio-campo e fortalecer a defesa com a entrada de Rúben Ismael, Fabri, Renzo López e, posteriormente, Edu, transformaram o esquema tático do adversário para três zagueiros e três volantes. Essa postura excessivamente defensiva, combinada com o aparente cansaço físico do Vitória, criou o cenário ideal para a pressão palmeirense.

Palmeiras Explora Falhas e Garante o Empate

A estratégia do Vitória de se fechar e buscar bolas longas para Renzo López e arrancadas de Fabri ruiu devido à má execução defensiva. O Palmeiras soube capitalizar sobre a desorganização adversária. O gol de empate, sofrido pelo Vitória em um lance de bola aérea, evidenciou falhas gritantes na marcação.

No momento do cabeceio de Flaco López , a defesa do Vitória apresentou um posicionamento falho, com Zé Marcos entre dois jogadores palmeirenses, enquanto Edu e Lucas Halter marcavam apenas um atacante. O meio-campo do adversário, por sua vez, parecia "contemplar" a jogada, sem a devida cobertura. Essa falha coletiva permitiu que o Palmeiras , com a entrada de seus principais jogadores e a persistência em buscar o resultado, alcançasse o empate aos 40 minutos do segundo tempo.

Apesar de o Palmeiras ter enfrentado um time que iniciou com reservas e só reforçou seu elenco no segundo tempo, a capacidade de reação alviverde é digna de nota. A repetição do padrão do Vitória de sofrer gols nos minutos finais, após construir uma vantagem, foi um fator determinante que o Palmeiras soube aproveitar. Este resultado, obtido na casa do adversário, reforça a mentalidade de não desistir e a importância da profundidade do elenco palmeirense para o restante do Campeonato Brasileiro. O próximo desafio do Verdão será contra o São Paulo, no Morumbis, pela 19ª rodada.

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