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Palmeiras: Torcida só Apoia na Boa Fase? Abel Ferreira Questiona e Dados de Público Revelam a Verdade

Por Redação FutVerdão em 13/10/2025 05:43

O Allianz Parque foi palco de uma celebração efusiva no último sábado, quando o Palmeiras aplicou uma goleada de 4 a 1 sobre o Juventude. Com um mosaico 3D que coloriu as arquibancadas, a torcida alviverde montou uma festa digna de um líder do Campeonato Brasileiro, recepcionando a equipe com um entusiasmo notável.

Após o apito final, o técnico Abel Ferreira, figura central na trajetória recente do clube, não hesitou em reconhecer a força desse apoio. "Quando a Mancha Verde está do nosso lado, nós somos fodas mesmo. Eles conseguem puxar todos que estão aqui dentro, como foi hoje", declarou o português, destacando a sinergia entre o time e seus torcedores.

Contudo, Abel fez questão de ir além da celebração momentânea. Em um tom de desafio, o treinador emitiu um pedido claro, direcionado à continuidade desse fervor nos períodos menos favoráveis. "Não é quando as coisas estão bem que preciso da nossa torcida, ou da Mancha Verde. É nos momentos difíceis. Se o Palmeiras , a Mancha Verde e a torcida querem ser diferentes, é nos momentos duros", enfatizou, provocando uma reflexão sobre a constância da paixão palmeirense.

O Desafio de Abel Ferreira à Nação Palmeirense

A provocação de Abel não surge do nada. O ano de 2024 foi marcado por críticas e uma pressão considerável sobre o técnico, impulsionada pelas eliminações na Copa Libertadores e na Copa do Brasil, além da não conquista do Brasileirão, apesar de um investimento substancial. Tais reveses geraram descontentamento em parte da torcida, evidenciando as oscilações de humor no ambiente palmeirense.

A temporada de 2025 intensificou essa pressão, com as dolorosas eliminações diante do arquirrival Corinthians, tanto no Campeonato Paulista quanto na Copa do Brasil. Torcedores não pouparam o treinador de críticas, inclusive durante a própria partida da Copa do Brasil, um episódio que, aparentemente, ainda ecoa na memória de Abel Ferreira.

Entretanto, quando se analisa a média de público, o Palmeiras demonstra uma resiliência notável, mantendo números expressivos mesmo em cenários de adversidade. O levantamento realizado pelo UOL sobre a presença da torcida em momentos de baixa oferece uma perspectiva interessante sobre o comportamento do torcedor alviverde.

A Resposta das Arquibancadas nos Períodos de Adversidade

As duas eliminações em competições de mata-mata, ocorridas em um curto intervalo de 14 dias, representaram um golpe duplo para a moral da torcida. Apesar disso, o clube seguia na disputa pela liderança no Campeonato Brasileiro, e o apoio das arquibancadas não se esvaiu completamente. Os jogos subsequentes no Allianz Parque registraram públicos significativos, indicando que a paixão alviverde persiste.

A dolorosa derrota no Paulistão deste ano, contudo, desmotivou uma parcela da torcida, resultando em uma queda na média de público para alguns confrontos. A segunda eliminação para o rival no mesmo ano, pela Copa do Brasil, também teve seu reflexo direto na presença de torcedores na partida seguinte.

Para ilustrar a flutuação do público em diferentes contextos de desempenho e resultado, apresentamos os dados de comparecimento em jogos-chave do Palmeiras , especialmente após momentos de insucesso esportivo:

Adversidade / Contexto Adversário Competição Público Pagante Capacidade Máxima (%)
Pós-Eliminações (2024) Criciúma Brasileirão 40.035 ~95%
Pós-Eliminações (2024) Fortaleza Brasileirão 40.321 ~96%
Pós-Eliminações (2024) Grêmio Brasileirão 33.670 ~80%
Pós-Eliminação Paulistão (2025) Botafogo Brasileirão 30.367 ~72%
Pós-Eliminação Paulistão (2025) Cerro Porteño Libertadores 24.530 ~58%
Pós-Eliminação Paulistão (2025) Bahia Brasileirão 29.033 ~69%
Pós-Eliminação Copa do Brasil (2025) Ceará Brasileirão 27.347 ~65%

A Persistência do Apoio: Números Além da Adversidade

Apesar de algumas quedas pontuais, o Verdão logo testemunhou sua média de público retomar patamares elevados, como visto nos confrontos seguintes. A recepção de 33.203 torcedores para o embate contra o Universitario-PER e de 36.567 contra o Sport, pelo Brasileirão, demonstra a capacidade de recuperação do engajamento da torcida.

No cômputo geral, a média de público do Palmeiras tem se mantido consistentemente acima de 30 mil pagantes, um número que o posiciona como a 6ª maior do país, conforme dados da CBF. O clube fica atrás de Flamengo, Cruzeiro, Corinthians, Bahia e São Paulo, equipes que, em sua maioria, dispõem de estádios com capacidade superior à do Palestra Itália.

A análise dos números revela uma torcida que, embora possa demonstrar flutuações e descontentamento em momentos de baixa, possui um núcleo de apoio robusto e fiel. A provocação de Abel Ferreira serve como um catalisador para a reflexão, mas a persistência dos públicos, mesmo após reveses, sugere que a ligação entre o Palmeiras e sua nação vai além dos resultados imediatos, ancorada em uma devoção que se manifesta, em diferentes intensidades, também nos períodos mais desafiadores.

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