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Palmeiras x Palermo: O Reencontro Que Evoca a Final da Libertadores 2000
Por Redação FutVerdão em 20/09/2025 04:13
Neste sábado, 20 de abril, o Palmeiras terá novamente em seu caminho a figura de Martín Palermo. Contudo, o cenário é outro: o antigo centroavante argentino, agora à frente do comando técnico do Fortaleza, pisará novamente em solo alviverde. Este embate marca um reencontro que transcende o futebol atual, remetendo a um quarto de século de uma história intensamente gravada, especialmente a inesquecível final da Copa Libertadores de 2000, onde o Boca Juniors, sob a égide de Palermo, ergueu o troféu sobre o Verdão. A memória daquela conquista, repleta de emoção e controvérsias, perdura intacta.
A primeira interação de Palermo com o clube paulista remonta a 4 de novembro de 1998, durante as quartas de final da Copa Mercosul. Naquela ocasião, o embate de volta entre Boca Juniors e Palmeiras viu Palermo iniciar a partida no banco de reservas, uma posição compartilhada com Diego Cagna, que hoje o acompanha como auxiliar técnico no Fortaleza.
A despeito de sua condição de suplente, o então técnico Carlos Bianchi optou por introduzir Palermo na partida. O artilheiro, vestindo a camisa 9, deixou sua marca ao assinalar o único gol do Boca Juniors no empate por 1 a 1, mas sua participação foi interrompida prematuramente por uma expulsão ainda no decorrer do confronto.
O destino os colocaria frente a frente novamente dois anos mais tarde, em um cenário de magnitude incomparável: a decisão da Copa Libertadores de 2000. No jogo de ida da finalíssima, Palermo, mais uma vez iniciando no banco, foi acionado no começo da etapa complementar. Sua entrada o colocou diante de zagueiros como Roque Júnior, atacantes como Euller e o meio-campista Pena, que, inclusive, foi um dos responsáveis pelos gols no empate em 2 a 2.
O Inesquecível Duelo da Libertadores de 2000
Para o confronto decisivo, disputado em um Morumbi com suas arquibancadas tomadas por uma apaixonada torcida, Palermo assumiu a titularidade. Chegou a vibrar com um gol, que, entretanto, foi invalidado, um lance que certamente insuflou a esperança dos adeptos palmeirenses. A partida seguiu sem alteração no placar, culminando na dramática decisão por penalidades máximas.
A sequência de cobranças foi um teste de nervos. Alex iniciou para o Palmeiras , convertendo sua penalidade. Guillermo Barros Schelotto, então, igualou para o Boca. Pena, em seguida, falhou em sua tentativa, e o goleiro Óscar Córdoba demonstrou sua maestria ao defender a cobrança alviverde. Juan Román Riquelme, com frieza, colocou o Boca em vantagem, fazendo 2 a 1. Roque Júnior também teve sua batida defendida por Córdoba, em mais uma intervenção crucial.
Martín Palermo, com a característica segurança de um artilheiro, converteu sua cobrança com autoridade, impossibilitando qualquer reação do goleiro Marcos. Rogério ainda marcou para o Verdão, mas o zagueiro Jorge Bermúdez selou o destino da partida, fechando a contagem em 4 a 2 para o Boca Juniors, que se sagrava campeão da Copa Libertadores. Na cabine de transmissão, a emoção tomava conta do ídolo Diego Maradona, que vibrava intensamente com o feito.
A seguir, o detalhamento das cobranças de pênalti da final da Libertadores de 2000:
| Time | Jogador | Resultado |
|---|---|---|
| Palmeiras | Alex | Gol |
| Boca Juniors | Guillermo Barros Schelotto | Gol |
| Palmeiras | Pena | Defendido |
| Boca Juniors | Riquelme | Gol |
| Palmeiras | Roque Júnior | Defendido |
| Boca Juniors | Martín Palermo | Gol |
| Palmeiras | Rogério | Gol |
| Boca Juniors | Jorge Bermúdez | Gol |
A Transição: Do Artilheiro ao Comandante Técnico
Aquela final de 2000 marcou o último confronto de Martín Palermo como jogador contra o Palmeiras . Consolidado como uma lenda no Boca Juniors, o ex-atacante teve passagens por clubes europeus como Alavés, Real Betis e Villarreal, além de retornar à Argentina para defender o Estudiantes. Sua trajetória profissional contabiliza impressionantes 625 jogos e 308 gols, ao lado de figuras icônicas do futebol como Diego Maradona e Lionel Messi, eternizando seu nome na rica história do esporte argentino.
A partir de 2013, Palermo iniciou sua jornada como treinador, e o Fortaleza representa seu nono desafio à frente de uma equipe. É a primeira vez em sua carreira técnica que o argentino se depara com o Palmeiras , tendo já dirigido Godoy Cruz, Arsenal de Sarandí, Unión Española, Pachuca, Curicó Unido, Aldosivi, Platense e Olimpia. O clube cearense, aliás, marca sua estreia no comando de um time brasileiro.
O Desafio Atual e o Legado do Reencontro
Com sua carreira de técnico ganhando solidez, Martín Palermo, acompanhado de Diego Cagna, encara mais uma tarefa desafiadora contra o clube paulista. Este será apenas o segundo jogo de Palermo no comando de uma equipe brasileira, um palco onde ele busca também construir seu próprio legado, agora fora das grandes áreas e de frente para a prancheta.
A repercussão daquela derrota do Palmeiras para o Boca Juniors de Palermo transcendeu as fronteiras, sendo notória a manchete do Diário do Nordeste em 22 de junho de 2000. A imagem que ilustrava a capa, com o ídolo argentino em plena disputa de bola, simbolizava a intensidade e o significado histórico daquele confronto.
Fortaleza e Palmeiras se enfrentarão neste sábado, dia 20, às 21h, em partida válida pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. O palco do embate será o Allianz Parque, em São Paulo. O Leão do Pici ocupa a penúltima posição na tabela, com 18 pontos, enquanto o Verdão, na terceira colocação com 46 pontos, mantém-se firme na disputa pelo título nacional.
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