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Abel Ferreira Análise: Gramado, Vitor Roque, Veiga, Estêvão | Palmeiras Brasileirão
Por Redação FutVerdão em 04/05/2025 19:51
Análise sobre Raphael Veiga sob o Olhar de Abel
Em sua avaliação pós-partida, o técnico Abel Ferreira abordou a situação atual de Raphael Veiga, um dos pilares do elenco. O treinador português ponderou sobre a fase do meia, reconhecendo sua trajetória recente como exemplar no cenário nacional.
"Veiga talvez nos últimos quatro anos tenha sido o jogador mais regular do futebol brasileiro. Se não um dos melhores jogadores do futebol brasileiro nos últimos anos, basta ver os números dele." Abel destacou a implacável natureza do futebol brasileiro, que não oferece margem para acomodação, mesmo para atletas com histórico de excelência.
O comandante palmeirense relativizou a ausência de Veiga em alguns momentos, vendo-a como parte do processo em uma carreira longa. "Só que o futebol brasileiro não dá tréguas a ninguém. São oito anos no Palmeiras. No início foi duro pra ele, eu vi gente a queimar a camisa dele." Ele reforçou que é natural que um jogador passe por períodos de menor brilho, e que o clube e a comissão técnica estão ali para oferecer suporte.
Ferreira fez questão de ressaltar a importância de Veiga para além das quatro linhas ou de sua performance individual. "Ele ajuda de muitas maneiras. É um capitão invisível... Talvez ele seja dos jogadores dentro do clube... que mais ajuda aos nossos jogadores a entenderem o que é o Palmeiras , a torcida, a exigência." Essa liderança silenciosa e o auxílio na integração dos recém-chegados são fatores cruciais que, segundo o técnico, justificam a permanência do jogador, mesmo diante de ofertas de saída ou momentos no banco de reservas.
O Futuro de Estêvão e a Formação no Palmeiras
Um tema recorrente nas coletivas de Abel, a projeção da saída de jovens talentos, voltou à tona com a menção a Estêvão. Questionado sobre a adaptação tática da equipe pensando na iminente partida do atacante, o treinador reagiu com um misto de humor e resignação.
"Não me faças essa pergunta (risos). Não quero pensar nisso." Apesar da relutância inicial, Abel discorreu sobre o assunto, encarando a venda de jogadores formados na base não como uma perda, mas como um reconhecimento do trabalho desenvolvido no clube.
"quando chegar a altura dele ir embora acho que é um prêmio para todos nós que estamos aqui, treinador, staff, direção, pra formação do Palmeiras . Não é o primeiro segundo terceiro nem vai ser o último." Essa perspectiva transforma a negociação em um ciclo virtuoso, evidenciando a capacidade do clube em desenvolver e projetar atletas para o cenário internacional.
O técnico português chegou a prometer um balanço futuro. "Eu prometo que no final vou fazer a minha seleção, no dia que eu for embora, dos jogadores que nos ajudamos aqui a ver se eu consigo fazer uma equipe com esses jogadores que nos em conjunto vendemos." Uma declaração que sublinha o envolvimento da comissão técnica no processo de valorização dos ativos do clube.
Competitividade e Estratégia do Palmeiras no Brasileirão
Abel Ferreira demonstrou satisfação com a capacidade de sua equipe de manter um alto nível de competitividade, mesmo promovendo alterações na escalação. Para ele, essa característica é mais valiosa do que a busca por rótulos de "melhor time do Brasil" neste momento da temporada.
"Não gosto de dar muita moral a nossa equipe... eu sei que as vezes os elogios massageiam o ego. Depois deixamos de estudar, porque tirei uma excelente nota no último teste..." Uma postura que revela a preocupação em evitar a complacência e manter o foco na evolução constante.
A rotação do elenco foi citada como um ponto forte. "Gosto de ver meus jogadores a celebrar e sobretudo aqueles? é difícil pra mim deixar Veiga, Maurício, Murilo, fora. Mas você vê, o Allan entra, a dinâmica que este miúdo nos dá a equipe, uma máquina." A capacidade de jogadores que entram, como Allan , impactarem positivamente o desempenho coletivo, reforça a profundidade e a versatilidade do grupo.
Em relação aos objetivos no campeonato, Abel manteve o discurso pragmático. "Ainda está muito no início. Nem olho muito para a classificação, queremos somar pontos, hoje somamos mais três." A meta clara é chegar à reta final, os "últimos dez metros", na disputa pelo título, replicando a performance das temporadas anteriores.
Paciência é Chave: O Caso Vitor Roque e Giay no Palmeiras
A vitória sobre o Vasco foi marcada pelo primeiro gol de Vitor Roque e por uma intervenção crucial de Giay. Abel Ferreira aproveitou para destacar a importância da paciência no processo de desenvolvimento de jovens atletas, contrastando a abordagem do clube com a impaciência externa.
"Uma das funções do treinador é ajudar os jogadores a evoluir e mesmo em momentos difíceis da sua travessia, tem que estar lá para ensinar, deixa-los de fora, mas ao mesmo tempo para dar carinho." O treinador enfatizou o papel de suporte e orientação que ele e sua equipe oferecem.
Sobre Vitor Roque , cuja contratação gerou alta expectativa, Abel foi enfático. "Ele é um moleque espetacular, humilde, que trabalha, que deu um passo atrás para no futuro dar três passos à frente. Vocês viram como o grupo festejou o gol dele. Isso é reconhecimento do trabalho coletivo." Ele também fez questão de contextualizar a chegada do atacante. "Foi uma contratação, não foi minha, foi da presidente. Eu digo 'Para essas contratações não me pergunte, vá lá e traga. Depois fazemos o resto.' Ajudamos, educamos, ensinamos, como foi com Giay. Mas é preciso ter paciência."
A menção a Giay reforça a tese da paciência. O lateral-direito, que chegou com a expectativa de substituir Marcos Rocha no futuro, enfrentou dificuldades iniciais, superadas com o tempo, resultando em boas atuações em 2025. Vitor Roque , a contratação mais cara da história do clube, buscou seu primeiro gol por 12 partidas antes de balançar as redes na 13ª.
Ferreira criticou a cultura imediatista. "Se eu faço o que boa parte da torcida manda, temos que toda semana mandar 20 jogadores embora e às vezes o treinador também e buscar outros jogadores." Uma crítica direta à pressão por resultados e mudanças radicais, defendendo a continuidade e o investimento no desenvolvimento a longo prazo.
Vitória Suada e a Crítica ao Gramado do Mané Garrincha
O Palmeiras conquistou uma vitória por 1 a 0 sobre o Vasco no estádio Mané Garrincha. O resultado, garantido pelo primeiro gol de Vitor Roque e uma notável intervenção defensiva de Giay, foi acompanhado por críticas contundentes de Abel Ferreira às condições do campo.
O treinador português não poupou palavras para descrever o estado do gramado, apontando-o como um obstáculo significativo para o desempenho técnico e tático de sua equipe. "Esse estádio é belíssimo, mas é uma pista cheia de buracos. É difícil o carro aqui alocar nas curvas, atingir a velocidade máxima, difícil."
Segundo Abel, a qualidade inferior do piso impactou a fluidez e a dinâmica do jogo, especialmente no primeiro tempo, onde faltou velocidade e primor técnico. "Com uma pista dessas a corrida não vai ser muito dinâmica, fluida, com velocidade." Apesar das dificuldades impostas pelo campo, o técnico considerou que a partida foi "bem conseguida" pela sua equipe, valorizando a capacidade de superação em condições adversas.
A crítica reitera uma preocupação frequente do técnico com a infraestrutura dos estádios brasileiros, vista como um fator limitante para a qualidade do espetáculo e o desenvolvimento do futebol.
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