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Abel Ferreira e Palmeiras: A Profunda Decepção Pós-Vitória no Allianz
Por Redação FutVerdão em 11/08/2025 08:51
O Allianz Parque, palco de tantas glórias e efusões alviverdes, apresentou no último domingo um cenário de estranha desilusão. Apesar da conquista de uma virada por 2 a 1 sobre o Ceará, o semblante do técnico Abel Ferreira, ao deixar a sala de coletivas, era de um homem visivelmente abalado. A causa do sentimento, perceptível a olhos atentos, transcendeu em muito o mero resultado esportivo.
Em um desabafo que ecoou a fragilidade do momento, o comandante português expressou o impacto pessoal das críticas:
Apesar de hoje ser dia dos pais, estou muito... Temos uma história juntos, eu e o Palmeiras, eu e os 20 milhões de torcedores do Palmeiras. Chegar em casa e suas filhas te perguntarem porque os torcedores do Palmeiras estão te xingando... É difícil explicar a elas porque nem eu mesmo sei explicar.
Aquele semblante carregava o peso de uma semana particularmente árdua. Não apenas as críticas, que Abel considera injustificadas, mas também episódios perturbadores fora de campo, contribuíram para o profundo mal-estar. A própria espera por sua aparição na sala de imprensa, um silêncio que se estendeu por mais de 45 minutos, já prenunciava o clima denso, com o técnico recolhido em sua sala antes de se dirigir aos jornalistas.
A percepção da decepção de Abel foi corroborada por um membro da comissão técnica, cuja expressão facial, ao ser questionado sobre o estado do treinador, replicou o desânimo demonstrado por ele, um silêncio eloquente que dispensava palavras.
O Clima Pesado no Allianz Parque
Os eventos lamentáveis da madrugada anterior projetaram sua sombra sobre o Allianz Parque. Logo na chegada, faixas de protesto foram exibidas, direcionando críticas à diretoria e à presidência, clamando pela saída de Abel e proferindo ameaças como: "Calma é o caralh... Acabou a paz". Tal manifestação, entoada pela torcida organizada, foi prontamente rechaçada por vaias vindas de outras partes do estádio.
Contudo, o público em geral também não demonstrava o entusiasmo habitual. O caldeirão que é o Allianz Parque permaneceu morno, sem a efervescência costumeira nos minutos iniciais, e as vaias à organizada foram a única demonstração mais veemente até o gol de pênalti que igualou o placar no segundo tempo.
O Desempenho em Campo e a Reação Tímida
Dentro das quatro linhas, a equipe não conseguiu dissipar o clima de apreensão que pairava sobre as arquibancadas. Apesar de uma atuação aquém do esperado, o Palmeiras conquistou a virada, impulsionado pela decisiva participação de Flaco López, autor de um gol de pênalti e da assistência para o segundo.
Contudo, o triunfo não gerou as explosões de alegria de outrora. A tradicional canção da virada, embora incentivada pelo sistema de som, teve um eco breve. O apito final foi seguido por aplausos contidos e efêmeros de um público menos numeroso do que o habitual no Allianz, registrando pouco mais de 27 mil espectadores.
Agora, o Alviverde se depara com a oportunidade mais significativa para reverter o ambiente de desconforto que permeou o Allianz Parque neste último domingo: a Copa Libertadores. É provável que apenas a glória continental tenha o poder de restaurar o elo de orgulho e paixão, suplantando a atual decepção que parece distanciar Abel Ferreira, o Palmeiras e sua fiel torcida.
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