Abel Ferreira Mantém Viva a Chaga Corinthiana no Palmeiras: Juca Kfouri e Arnaldo Ribeiro Comentam

O técnico Abel Ferreira, mesmo após uma goleada convincente sobre o Juventude na Data Fifa, revisitou em sua coletiva de imprensa o episódio de descontentamento com a principal torcida organizada do Palmeiras. Essa constante referência a momentos de atrito, especialmente aqueles ligados a confrontos históricos, tem levantado questionamentos sobre a gestão da rivalidade e a memória de episódios passados.

Para o comentarista Arnaldo Ribeiro, essa persistente rememoração do que considera seu pior instante no Allianz Parque, período em que enfrentou críticas severas de parte da torcida, é um fator crucial. Ribeiro argumenta que o próprio Abel Ferreira é quem mantém acesa a chama da rivalidade com o Corinthians, ao invés de permitir que certas feridas cicatrizem.

Essa questão de reavivar o Corinthians, a cada entrevista, é do Abel. Não é nem o Juca com o Danilo, nem eu com o Mauro, nem o Trajano. É o Abel. O Abel que fortalece. O Abel dá mais ênfase ainda.

O Legado Inesquecível do Dérbi para Abel Ferreira

A percepção de que certas derrotas permanecem como feridas abertas no ambiente palmeirense não é exclusiva. Juca Kfouri, em sua participação no Posse de Bola, do Canal UOL, reforça a ideia de que a eliminação frente ao Corinthians na Copa do Brasil realmente imprimiu uma marca profunda, um verdadeiro "trauma", tanto no técnico português quanto no clube alviverde.

Kfouri expressa sua incredulidade com a maneira como esses episódios continuam sendo pauta recorrente nos debates esportivos.

Na próxima vez que acontecer um Dérbi, eu vou ligar lá no Parque São Jorge e vou pedir para o pessoal tirar um pouco o pé, porque não é possível que ainda se fale das derrotas do Palmeiras pro Corinthians na Copa do Brasil e no Paulistinha.

A perplexidade de Kfouri se estende à maneira como esses episódios continuam sendo pauta recorrente. Ele expressa seu espanto com a frequência com que esses confrontos são mencionados em debates esportivos, sugerindo uma fixação que transcende a análise futebolística.

Aí eu entendo o Abel, não consigo entender como é que até hoje se fala disso. Eu fico impressionado como não há um Posse de Bola que não haja referência a esses jogos. Eu acho que é uma questão menos do Abel e mais de psiquiatra, tem que levar lá para a Academia, porque realmente que coisa louca isso, não se esquece do Corinthians.

Rivalidade Alviverde: Uma Questão de Memória ou Estratégia?

A análise conjunta dos comentaristas aponta para um cenário em que a memória de embates passados, especialmente os desfavoráveis, é constantemente revivida. Seja por uma mágoa genuína ou por uma estratégia de Abel Ferreira em manter o elenco e a torcida em estado de alerta, a verdade é que o "fantasma" do Corinthians, em vez de ser superado, parece ser alimentado internamente, tornando-se um elemento persistente na narrativa do Palmeiras sob seu comando.