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Ademir da Guia e os Bastidores da Copa de 74: Análise Exclusiva
Por Redação FutVerdão em 13/05/2025 08:21
Ademir da Guia: A Lenda do Palmeiras e a Copa de 74
Ademir da Guia, um dos maiores nomes da história do Palmeiras, com impressionantes 902 jogos disputados entre 1962 e 1977, é reverenciado como um ícone do clube. Em uma análise retrospectiva de sua carreira, o "Divino" compartilhou suas experiências na Seleção Brasileira, com foco nos bastidores da Copa do Mundo de 1974, realizada na Alemanha.
A trajetória de Ademir na Seleção, embora breve, é marcada por momentos significativos e pela realização de um sonho familiar. O fato de ter participado de uma Copa do Mundo, seguindo os passos de seu pai, Domingos da Guia, adiciona um capítulo especial à sua história.
A Convocação e a Relação com Zagallo
O ex-jogador expressou sua satisfação com a convocação para a Copa de 74, mesmo ciente de que suas chances de jogar eram limitadas. Segundo ele, a conversa franca com o técnico Zagallo foi crucial para entender seu papel na equipe. "Quando fui convocado em 74, fiquei muito satisfeito, mesmo sabendo (que não ia jogar). Quando cheguei lá, o Zagallo falou para mim: 'Ademir, o Rivellino vai ser o titular'. E o Rivellino tinha sido campeão em 70, jogando naquele ataque espetacular", revelou o Divino.
Ademir demonstrou compreensão e respeito pela decisão do treinador, enfatizando a importância de Rivellino, um dos destaques da conquista do tricampeonato em 1970. "Falei para o Zagallo: 'Estou aqui, e se precisar, a gente ajuda naquilo que for possível'. Mas não tive nenhuma mágoa (com o Zagallo), não tive nenhum problema com Seleção", completou, demonstrando sua postura colaborativa e profissional.
O Legado Familiar e a Realização de um Sonho
O ponto alto da participação de Ademir na Copa de 74 foi a oportunidade de seguir os passos de seu pai, Domingos da Guia, que disputou o Mundial de 1938 na França. Essa conexão familiar torna a história dos Da Guia única no futebol brasileiro. "O que eu batalhei muito para merecer, foi uma convocação para um Campeonato Mundial. Porque o meu pai tinha jogado em 38, na França, e são poucos aqueles jogadores que têm o pai e o filho em uma Copa do Mundo", concluiu Ademir da Guia.
A "família Da Guia" se destaca como a única na história da Seleção Brasileira a ter um pai e um filho em edições de Copa do Mundo, com Domingos, ídolo do Bangu e titular em 1938, e Ademir em 74. Um feito que transcende o esporte e se torna um legado familiar.
A Participação no Mundial e a Eliminação
Durante a Copa, Ademir acompanhou do banco a campanha da Seleção, incluindo a derrota para a Holanda no quadrangular final. Na disputa pelo terceiro lugar, teve a oportunidade de entrar em campo por 66 minutos, mas não conseguiu evitar a derrota para a Polônia.
Poucas Oportunidades e Nenhuma Mágoa
Apesar de ser um ídolo do Palmeiras , Ademir da Guia teve poucas chances na Seleção Brasileira, atuando apenas onze vezes. "Quando entrei no último jogo (da Copa), fiquei muito contente de estar participando. Na Seleção, tive poucas oportunidades, mas não tenho mágoa", disse o Divino, demonstrando sua gratidão pela oportunidade de representar o país, mesmo que por um breve período.
A história de Ademir da Guia na Copa do Mundo de 1974 é um retrato de profissionalismo, respeito e realização de um sonho familiar. Sua postura exemplar dentro e fora de campo o consagrou como um dos maiores ídolos do futebol brasileiro.
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