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Arbitragem e Palmeiras: Os Erros Mais Graves de 2025
Por Redação FutVerdão em 27/12/2025 05:11
O encerramento da temporada de 2025, neste mês de dezembro, deixa um balanço amargo para o torcedor palmeirense no que diz respeito à conduta dos mediadores em campo. Ao longo do ano, o desempenho dos árbitros em partidas fundamentais do Palmeiras não apenas gerou debates intensos, mas também resultou em admissões de falhas pela entidade máxima do futebol brasileiro e punições severas no tribunal desportivo. O apito, muitas vezes, sobrepôs-se ao futebol apresentado, alterando o curso de torneios e acirrando rivalidades.
O ponto mais alto dessa tensão ocorreu no palco mais importante do continente. Durante a final da Libertadores contra o Flamengo, a omissão da equipe de arbitragem causou indignação. Aos 30 minutos da primeira etapa, o volante Pulgar desferiu uma entrada violenta contra Bruno Fuchs, zagueiro alviverde. Mesmo com as marcas evidentes das travas da chuteira na perna do atleta, o árbitro Darío Herrera aplicou apenas o cartão amarelo. A ausência de recomendação para revisão no monitor do VAR solidificou o lance como um dos mais contestados do ano.
No cenário nacional, o equilíbrio do Campeonato Brasileiro também foi afetado por interpretações divergentes. No empate sem gols contra o Cruzeiro, pela 30ª rodada, o zagueiro Gustavo Gómez foi protagonista de um lance ríspido sobre Wanderson. Diferente de outros casos, aqui a sugestão do VAR para o cartão vermelho foi ignorada pelo árbitro Rafael Rodrigo Klein, que optou por manter a advertência amarela original, decisão corroborada posteriormente pelos áudios divulgados pela CBF.
O Peso do Apito no Campeonato Brasileiro e na Final Continental
Abaixo, apresentamos um resumo dos episódios que definiram a relação conturbada entre o clube e a arbitragem em 2025:
| Partida | Competição | Incidente Principal | Desfecho/Consequência |
|---|---|---|---|
| Palmeiras x Flamengo | Libertadores | Entrada de Pulgar em Bruno Fuchs | Amarelo mantido sem revisão do VAR |
| Palmeiras x Cruzeiro | Brasileirão | Entrada de Gustavo Gómez em Wanderson | Árbitro manteve amarelo após checagem |
| São Paulo x Palmeiras | Brasileirão | Pênalti em Tapia e falta em Marcos Antônio | Árbitro suspenso por 40 dias pelo STJD |
| Flamengo x Palmeiras | Brasileirão | Carga de Jorginho em Gustavo Gómez | Pênalti não marcado; críticas de Gómez |
| Sport x Palmeiras | Brasileirão | Pênalti assinalado em Raphael Veiga | CBF admitiu erro na marcação |
| Palmeiras x São Paulo | Paulistão | Pênalti em Vitor Roque | Classificação palmeirense e protestos |
Ainda no Brasileirão, o duelo contra o Flamengo no Maracanã foi marcado por uma atuação polêmica de Wilton Pereira Sampaio. Logo no início, Gustavo Gómez sofreu uma carga pelas costas aplicada por Jorginho dentro da área, mas nada foi marcado. A derrota por 3 a 2, que permitiu ao adversário encostar na liderança, foi o estopim para declarações fortes do capitão paraguaio. Gómez chegou a sugerir que o juiz possuía um "problema pessoal" contra a instituição, após as expulsões de Piquerez e do auxiliar técnico João Martins.
Outro momento crítico ocorreu no Morumbis, durante o segundo turno, onde a falha técnica foi reconhecida judicialmente. O árbitro Ramon Abatti Abel ignorou infrações claras a favor do São Paulo em lances envolvendo Tapia e Marcos Antônio. A gravidade da omissão e a falha na comunicação com o VAR levaram o STJD a aplicar uma suspensão de 40 dias a Abatti Abel e ao operador do VAR, Ilbert Estevam, em novembro, confirmando a ineficiência da condução naquele clássico.
Erros Reconhecidos e a Influência nos Resultados Estaduais
A transparência da CBF foi colocada à prova logo na segunda rodada da Série A. No triunfo palmeirense por 2 a 1 sobre o Sport, um pênalti marcado sobre Raphael Veiga nos acréscimos garantiu os três pontos. Entretanto, a pressão externa e a análise técnica forçaram a entidade a admitir publicamente que houve um erro crasso: a infração não deveria ter sido marcada, e o VAR deveria ter intervindo para corrigir a decisão de campo de Bruno Arleu de Araújo.
Por fim, é impossível esquecer como a temporada de controvérsias foi inaugurada ainda no Campeonato Paulista. Na semifinal contra o São Paulo, um lance envolvendo o goleiro Rafael e o atacante Vitor Roque resultou em uma penalidade máxima convertida por Raphael Veiga . A decisão foi classificada como "vergonhoso" pela cúpula diretiva do rival, gerando uma onda de protestos oficiais que ditaram o tom de beligerância entre os clubes e as comissões de arbitragem que perduraria por todo o ano de 2025.
O cenário exposto revela uma necessidade urgente de profissionalização e critério técnico. Para um clube que investe milhões, ver o resultado de um trabalho de meses ser condicionado por equívocos admitidos ou punidos a posteriori é, no mínimo, preocupante para a integridade da competição.
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