Estêvão e o Dilema da Individualidade: Impacto no Palmeiras

Análise Tática: Estêvão e o Excesso de Individualidade no Palmeiras

O debate sobre o estilo de jogo de Estêvão, jovem atacante do Palmeiras, ganha força. Especialistas como Paulo Massini, Gustavo Soler e Flávio Latif levantaram questionamentos sobre a tendência do jogador em reter a bola por mais tempo, durante a Live do Clube. Essa característica, apontada como "fominha", tem gerado discussões sobre o impacto no desempenho coletivo da equipe.

Flávio Latif expressou sua percepção de forma incisiva: "Para quem vai no Allianz Parque, é nítido: o Estêvão é 'fominha'." A observação ressalta a impressão de que o jogador prioriza as ações individuais em detrimento do jogo coletivo, o que pode comprometer a fluidez do ataque palmeirense.

Gustavo Soler, por sua vez, ponderou sobre a importância de Estêvão equilibrar o drible com a rápida circulação da bola. Ele argumenta que, ao se livrar do primeiro marcador e passar a bola, Estêvão potencializa suas chances de recebê-la novamente em melhores condições, explorando a dinâmica do jogo em equipe. "Driblou o primeiro, se ele toca, vai receber de novo. Agora tem quem vai devolver para ele. Já teve momentos que ele prendia porque era um cemitério de ideias. Hoje, se ele toca, a bola volta no pé dele", afirmou Soler.

Foto: (Divulgação)

Números em Contraste: Assistências em Queda Livre

Um dos pontos cruciais levantados na análise é a drástica queda no número de assistências de Estêvão . Enquanto em 2024 o atacante distribuiu 10 passes para gol em 45 partidas, em 2025 ele ainda não contabilizou nenhuma assistência em 19 jogos, apesar de ter marcado seis gols. Essa disparidade estatística reforça a percepção de que o jogador tem priorizado a finalização individual em detrimento da construção de jogadas para os companheiros.

A título de informação, em 2024, Estêvão marcou 15 gols e deu 10 assistências em 45 jogos. Em 2025, até o momento, são seis gols marcados em 19 partidas, com nenhuma assistência.

A Visão dos Analistas: Equilíbrio entre Talento e Coletividade

Paulo Massini abordou as críticas direcionadas a Estêvão , enfatizando que o objetivo não é perseguir o jogador, mas sim orientá-lo a otimizar seu potencial em benefício da equipe. "Tem gente dizendo que eu persigo o Estêvão . Cristo Redentor! Como eu posso perseguir o Estêvão ? Eu só peço a ele que solte a bola. Driblou uma vez ou duas e solta a bola", declarou Massini.

A preocupação central dos analistas reside na necessidade de Estêvão encontrar um equilíbrio entre suas inegáveis qualidades individuais e a importância do jogo coletivo. O talento do atacante é inquestionável, mas a capacidade de integrá-lo de forma eficaz ao sistema tático do Palmeiras pode ser determinante para o sucesso da equipe na temporada.

Ainda segundo Massini, "O Estêvão tomou chamada do Abel justamente por isso. Ele não solta a bola. Não sei se ele quer muito fazer gol nesse restante de passagem pelo Palmeiras , não sei se quer ter uma grande atuação, mas é inegável que o Estêvão não solta a bola. Tanto que no ano passado, ele deu dez assistências e esse ano ele ainda não deu uma assistência. No último jogo, ele até deu um passe para o Vitor Roque, mas o gol foi anulado."