Facundo Torres no Palmeiras: Números e Reação da Torcida após Temporada

O termômetro das arquibancadas para o desempenho de Facundo Torres em seu primeiro ano de Palmeiras indica uma frustração evidente. Em levantamento realizado pela Gazeta Esportiva, a maior parte dos torcedores alviverdes demonstrou ceticismo quanto ao futebol apresentado pelo uruguaio. O sentimento de que o atleta entregou menos do que o esperado é quantificado pelos votos que classificam sua passagem inicial como mediana ou insuficiente.

Os dados da pesquisa refletem a divisão de opiniões, mas com uma inclinação negativa preocupante para um jogador de tamanha expressão financeira. Acompanhe os números detalhados da avaliação popular sobre o atacante:

A percepção negativa, que soma as categorias de desempenho abaixo da média, supera com folga os poucos que ainda enxergam uma nota positiva no trabalho do camisa uruguaio. Esse cenário é o resultado direto de uma queda técnica que se acentuou conforme a temporada avançava para seus momentos decisivos em solo brasileiro.

O Contraste entre o Investimento Milionário e a Entrega em Campo

A contratação de Facundo Torres não foi um movimento comum de mercado. O Palmeiras desembolsou 12 milhões de dólares, montante que atinge a cifra de R$ 71,9 milhões, para retirá-lo do Orlando City. A expectativa era de que o atacante assumisse o protagonismo imediato, justificando o status de estrela internacional, mas a realidade das quatro linhas mostrou um jogador que, após um início promissor, tornou-se uma peça secundária no esquema tático.

Entre os meses de fevereiro e maio, o cenário era de otimismo. Torres enfileirou 20 atuações como titular, registrando quatro gols e três assistências. Naquele momento, ele parecia pronto para disputar posição com Estêvão e oferecer uma alternativa de profundidade pelo lado esquerdo. Entretanto, o brilho inicial se apagou, e o uruguaio encerrou o ciclo anual com apenas sete participações diretas em gols, um número considerado irrelevante diante do aporte financeiro realizado pela diretoria.

A involução técnica do jogador é o ponto que mais gera críticas por parte da coluna e da arquibancada. Facundo Torres perdeu a capacidade de desequilibrar partidas e viu sua titularidade escorrer pelas mãos, transformando-se em um reserva que pouco acrescentava ao entrar no decorrer dos jogos. A adaptação ao ritmo intenso do futebol praticado no Brasil parece ter sido um obstáculo mais complexo do que a comissão técnica previa originalmente.

Perspectivas para 2026 e a Última Chance com Abel Ferreira

Diferente de jovens promessas que buscam maturação, Facundo Torres foi contratado sob o rótulo de jogador "pronto", o que torna sua atual condição de suplente ainda mais incômoda. O encerramento do calendário de 2025 coloca o uruguaio em uma situação delicada para o próximo ano. Sem a confiança plena da torcida e com números modestos, o atacante precisará de uma reviravolta drástica para não ser carimbado como um erro de avaliação do departamento de futebol.

O planejamento de Abel Ferreira para o início da próxima temporada deve incluir novas oportunidades para o atleta durante o Campeonato Paulista. O objetivo é tentar resgatar o futebol que o destacou na MLS e justificar a permanência do alto investimento no elenco. Caso o desempenho não apresente uma evolução clara nos primeiros meses de 2026, a tendência é que o espaço do uruguaio seja reduzido de forma definitiva.

Atualmente, Facundo Torres habita uma perigosa "zona de risco" dentro da Academia de Futebol. O tempo de paciência para quem custou quase R$ 72 milhões é curto, e a cobrança por resultados será imediata assim que a bola voltar a rolar. Resta saber se o atacante terá força mental e técnica para reverter o quadro de decepção que marca sua trajetória até aqui.