Felipe Anderson no Palmeiras: Estatísticas e Cobrança para 2026

O encerramento das atividades em dezembro coloca o planejamento do Palmeiras para 2026 sob uma lente de aumento, especialmente no que diz respeito ao rendimento individual de peças-chave. Felipe Anderson, que chegou ao Brasil cercado de expectativas após uma carreira sólida no futebol europeu, termina o ciclo atual como um dos principais alvos de questionamento. A missão para o próximo ano é clara: o meia-atacante precisa converter sua presença constante em campo em uma influência direta e decisiva nos resultados da equipe.

A diretoria alviverde realizou um investimento considerável para repatriar o atleta de 32 anos, esperando que sua experiência na liga italiana servisse como o diferencial técnico necessário para o setor ofensivo. No entanto, o que se viu ao longo de 2025 foi um jogador que, embora taticamente disciplinado e de confiança da comissão técnica, não conseguiu assumir as rédeas do time nos momentos de maior pressão, quando o protagonismo era mais exigido.

Para o Palmeiras , é vital que o jogador recupere o nível de atuação que o destacou internacionalmente. Somente assim o esforço financeiro e institucional feito em sua contratação será plenamente justificado. Atualmente, Felipe Anderson parece preso a uma função de peça tática no esquema de Abel Ferreira, faltando-lhe o brilho individual que a torcida palmeirense se acostumou a cobrar de seus principais astros.

Estatísticas de Felipe Anderson: O Descompasso entre Minutagem e Gols

Ao analisarmos os dados frios da temporada, o desequilíbrio entre a quantidade de partidas disputadas e a efetividade ofensiva chama a atenção. Felipe Anderson entrou em campo 51 vezes em 2025, um volume de jogo considerável que quase dobra sua participação no semestre de estreia, em 2024. Apesar disso, o incremento no tempo de jogo não resultou em uma evolução proporcional em gols ou assistências, mantendo uma média de produtividade que pode ser classificada como modesta.

A tabela abaixo detalha a comparação direta entre o desempenho do atleta desde sua chegada ao Allianz Parque:

Os números revelam que, mesmo sendo escalado como titular em 34 oportunidades durante o último ano, o jogador somou apenas sete participações diretas em gols. Em comparação, nos seus primeiros seis meses de clube, com menos da metade das partidas (24), ele já havia acumulado quatro participações (dois gols e duas assistências). Essa estagnação estatística é um dos pontos centrais das críticas da imprensa especializada e dos torcedores.

Foto: (Ettore Chiereguini/AGIF)

O Desafio de Felipe Anderson para a Próxima Temporada

Diferente das categorias de base, que entregaram resultados positivos e gratas surpresas em 2025, o setor de contratações badaladas deixa um saldo devedor. Felipe Anderson vive sob o signo da oscilação, alternando momentos de utilidade tática com longos períodos de pouca efetividade no terço final do campo. Em um ano marcado pela ausência de grandes títulos e por processos de reformulação no elenco, a falta de um "fator desequilibrante" no ataque foi sentida.

A dificuldade de adaptação plena ao ritmo do futebol brasileiro, mesmo após uma temporada inteira, levanta debates sobre como o atleta será utilizado daqui para frente. Não se discute sua capacidade técnica, mas sim a entrega prática de um jogador que carrega o status de estrela. A baixa conversão de chances criadas em bolas na rede é um sintoma de que a engrenagem ofensiva do Palmeiras , com Felipe Anderson nela, ainda não atingiu sua potência máxima.

Portanto, 2026 não será apenas mais um ano de contrato para o camisa 9, mas sim o período definitivo para provar que pode ser o diferencial técnico aguardado. O Palmeiras precisa que Felipe Anderson deixe de ser apenas uma opção segura no esquema de Abel Ferreira para se tornar o jogador capaz de decidir partidas e justificar o peso de seu currículo vindo da Europa.