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Leila Pereira e o Terceiro Mandato: A Polêmica que Agita o Palmeiras

Por Redação FutVerdão em 17/12/2025 09:31

Na última terça-feira, o ambiente nos bastidores do Palmeiras foi marcado por intensas discussões e declarações contundentes da presidente Leila Pereira. Durante uma reunião do Conselho Deliberativo, onde se debatia o orçamento para o ano de 2026, a pauta se desviou para um tema que tem gerado considerável controvérsia: a possibilidade de autorizar um terceiro mandato presidencial. Este assunto, que havia esfriado, voltou à tona com força total, revelando tensões internas no clube.

Em um momento de particular destaque, Leila Pereira recorreu a um exemplo inusitado para justificar sua posição. Ela mencionou a longevidade do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, no comando do clube espanhol, em uma tentativa de descreditar a ideia de alternância de poder como um princípio inegociável. Suas palavras, proferidas em meio à sessão, reverberaram com um tom provocativo:

Essa questão de alternância de poder não acontece no Real Madrid. O presidente está lá há 20 anos. O Real Madrid é um clube pequeno, sabe? E nem um pouco vitorioso.

A afirmação, evidentemente irônica e destinada a sublinhar o sucesso do modelo de gestão do clube merengue, serviu para ilustrar a visão da presidente sobre a importância da continuidade em cargos de liderança, especialmente em um período em que o Palmeiras busca reverter um 2025 sem títulos e mira novas conquistas em 2026, com um orçamento bilionário já aprovado.

O Estatuto Alviverde e a Reeleição

Atualmente, Leila Pereira cumpre seu segundo mandato à frente do clube, resultado de sua reeleição no final de 2024. O estatuto do Palmeiras é claro quanto à duração e à possibilidade de recondução: ele prevê um mandato de três anos, com a permissão de uma única reeleição. Essa regra estatutária é o cerne do debate que agora agita as esferas de poder do Alviverde.

A discussão sobre uma eventual alteração no estatuto para permitir um terceiro período de gestão não é recente. No meio da temporada anterior, nos bastidores, já se aventava essa possibilidade. Contudo, o tema arrefeceu na época, apenas para ser reavivado por uma declaração da própria presidente pouco antes da final da Conmebol Libertadores. Desde então, a questão voltou a ser intensamente debatida internamente, gerando divergências significativas até mesmo entre os conselheiros que compõem a situação.

Leila Pereira e o Terceiro Mandato: A Polêmica que Agita o Palmeiras
Foto: (JHONY INACIO/AGENCIA ENQUADRAR/GazetaPress)

Leila Responde às Acusações e Contradições

Diante das críticas e das insinuações de que a busca por um terceiro mandato poderia configurar uma manobra política, Leila Pereira não hesitou em rebater as acusações durante a reunião. Ela fez questão de lembrar que o estatuto do clube não é imutável, citando precedentes de modificações anteriores:

Nosso estatuto prevê a possibilidade de ser alterado, Maurício (Galiotte) mudou algumas vezes e ninguém chamou de golpe.

A presidente, com um tom de firmeza, também procurou desmistificar a gravidade das acusações, assegurando que não há nada de irregular ou concreto em andamento:

Não existe golpe. Não existe nada de concreto.

Em um de seus argumentos mais contundentes, Leila Pereira questionou a lógica da alternância de poder em contraposição à existência de conselheiros vitalícios no clube, apontando para uma aparente contradição nos discursos que defendem a renovação constante de lideranças:

Acho muito contraditório quando falam que é saudável alternância de poder. Sou conselheira vitalícia, tem vários vitalícios. Se é saudável (alternância), por que ter conselheiro vitalício?

O Caminho para a Mudança Estatutária

Para que qualquer alteração no estatuto do Palmeiras seja efetivada, um processo rigoroso deve ser seguido. Primeiramente, é necessária uma votação no Conselho Deliberativo, que exige a aprovação de 50% mais um voto dos membros, o que representa aproximadamente 150 votos. Após a aprovação no Conselho, o tema avançaria para a assembleia geral de sócios, onde também precisaria ser referendado.

Até o momento, não há uma proposta formalizada de mudança estatutária submetida ao Conselho Deliberativo. No entanto, a expectativa nos bastidores é de que, caso o tema ganhe mais força e avance nas discussões, ele seja abordado de maneira mais intensa a partir do meio do ano. A situação de jogadores como Paulinho, cuja chegada ao ataque é aguardada e pode gerar mudanças na formação, também compõe o cenário de expectativas para 2026, com o clube se preparando para um ano de grandes desafios e ambições, tanto dentro quanto fora de campo.

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