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Lesões Palmeiras 2025: O impacto de Paulinho e Evangelista no time
Por Redação FutVerdão em 30/12/2025 05:12
A temporada de 2025 do Palmeiras não será lembrada apenas pelo desempenho em campo, mas pela constante luta contra o desgaste físico e as graves contusões que assolaram o plantel. O departamento médico da Academia de Futebol enfrentou um ano de pressão intensa, buscando devolver ao técnico Abel Ferreira peças fundamentais que, por motivos clínicos, pouco puderam contribuir para a estratégia coletiva da equipe.
Um dos primeiros grandes obstáculos surgiu ainda no início do ano, envolvendo o meia Mauricio. No momento em que o jogador atingia seu ápice técnico, sendo peça decisiva no Campeonato Paulista com cinco gols marcados, uma luxação no ombro direito sofrida durante o clássico contra o São Paulo interrompeu sua sequência. O incidente, ocorrido em fevereiro, exigiu intervenção cirúrgica e um afastamento considerável das atividades competitivas.
Mauricio permaneceu sob cuidados médicos por 51 dias, o que resultou em sua ausência em nove compromissos importantes. Sua reabilitação foi concluída apenas em abril, quando retornou aos gramados em um confronto contra o Internacional. Embora tenha recuperado a confiança gradualmente, o hiato em sua participação forçou a comissão técnica a buscar alternativas imediatas em um setor onde ele se mostrava soberano.
Desafios precoces e a reabilitação de Mauricio no meio-campo
A instabilidade física também atingiu Lucas Evangelista, cuja trajetória no clube em 2025 foi marcada por uma ascensão meteórica seguida de uma queda abrupta. Contratado em março para preencher as lacunas deixadas por nomes como Zé Rafael e Richard Ríos, o meio-campista não demorou a se consolidar como uma liderança técnica, chegando a ostentar a braçadeira de capitão do Verdão.
No entanto, o vigor físico de Evangelista foi minado por problemas musculares recorrentes. O golpe mais severo aconteceu no final de setembro, durante o embate frente ao Bahia, quando o atleta sofreu uma ruptura no tendão do músculo posterior da coxa direita. A gravidade da lesão demandou cirurgia, afastando-o por 105 dias e tirando-o de 21 partidas cruciais na reta final da temporada.
Demonstrando comprometimento com o projeto para o próximo ano, Evangelista optou por reduzir seu período de descanso pós-temporada. O jogador tem mantido uma rotina de treinamentos e fisioterapia na Academia de Futebol durante as férias, visando uma pré-temporada mais robusta e a retomada de seu posto no time titular em 2026.
A complexa recuperação de Paulinho e o panorama estatístico
O caso mais alarmante e que exige maior paciência da torcida e da diretoria é o de Paulinho. O atacante, que já desembarcou no clube carregando o histórico de uma cirurgia realizada em seu antigo clube, o Atlético-MG, teve uma passagem intermitente em 2025. Apesar de lampejos de brilhantismo, como os dois gols anotados no Mundial de Clubes, sua condição óssea voltou a ser uma preocupação central em julho.
Para solucionar de forma definitiva uma fratura por estresse na tíbia da perna direita, o camisa 10 foi submetido a um novo procedimento cirúrgico. Segundo o coordenador médico Pedro Pontin, "a evolução é excelente, mas o processo exige cautela extrema". Essa prudência reflete-se nos números: foram 178 dias fora de combate e 37 partidas de ausência, o que torna Paulinho o desfalque mais custoso do ano.
Abaixo, apresentamos um resumo dos dados que ilustram o impacto dessas ausências no elenco alviverde durante o ano de 2025:
| Jogador | Tipo de Lesão | Dias Afastado | Jogos Perdidos |
|---|---|---|---|
| Paulinho | Fratura por estresse (Tíbia) | 178 | 37 |
| Lucas Evangelista | Ruptura de tendão (Coxa) | 105 | 21 |
| Mauricio | Luxação (Ombro) | 51 | 9 |
O cenário para 2026 ainda carrega as marcas deste ano difícil. Paulinho , por exemplo, é ausência confirmada para as primeiras rodadas do próximo Campeonato Paulista, enquanto aguarda a total consolidação óssea. O Palmeiras encerra 2025 com a nítida percepção de que, para retomar o protagonismo absoluto, precisará, acima de tudo, vencer a batalha contra o próprio desgaste físico de seus principais ativos.
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