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Palmeiras 2025: Investimento Recorde Termina Sem Títulos
Por Redação FutVerdão em 29/12/2025 04:12
O encerramento da temporada de 2025 deixou um gosto amargo e melancólico para a torcida alviverde. O que se desenhava como um ano de hegemonia, impulsionado por um aporte financeiro sem precedentes, culminou em uma galeria de troféus vazia. Pela primeira vez sob o comando de Abel Ferreira, o Palmeiras atravessou um calendário completo sem erguer uma única taça, expondo que o sucesso no futebol exige mais do que apenas cifras astronômicas em contratações.
A maior frustração ocorreu em Lima, no Peru. Na decisão da Copa Libertadores, o Palmeiras sucumbiu diante do Flamengo por 1 a 0, apresentando um futebol apático e sem qualquer finalização na direção do gol adversário. O desfecho continental selou um ano de dúvidas, onde nem mesmo a pontuação histórica no Campeonato Brasileiro ? 76 pontos, a maior de um vice-campeão na era dos pontos corridos ? foi suficiente para superar o rival carioca, que garantiu o título nacional com antecedência.
A Melancolia de Lima e o Recorde Insuficiente no Brasileirão
Antes da queda no rendimento nacional, o Allianz Parque foi palco do que parecia ser a virada de chave da temporada. Após um revés preocupante por 3 a 0 contra a LDU no Equador, o Palmeiras precisava de um feito inédito para alcançar a final da Libertadores. Abel Ferreira, em tom profético, garantiu que haveria uma "magia" reservada para aquela noite de outubro. O resultado foi uma goleada histórica por 4 a 0, com gols de Sosa, Bruno Fuchs e dois de Raphael Veiga.
A euforia da classificação foi simbolizada por uma faixa estendida por Abel e Gustavo Gómez com a frase: "90 minutos no Allianz Parque é muito tempo". Entretanto, essa força parece ter se esvaído logo em seguida. O time enfrentou uma sequência de cinco jogos sem vitórias no Brasileirão, perdendo pontos cruciais contra equipes como Mirassol e Grêmio, o que pavimentou o caminho para o título do Flamengo.
A Efêmera Magia no Allianz Parque e o Brilho de Flaco-Roque
Um dos poucos pontos de equilíbrio técnico no ano foi o entrosamento entre Flaco López e Vitor Roque. A dupla de ataque viveu um momento de esplendor, conduzindo o time à liderança momentânea do campeonato e garantindo convocações para as seleções da Argentina e do Brasil, respectivamente. Contudo, o sucesso individual dos atletas tornou-se um problema coletivo: os desfalques durante as datas FIFA enfraqueceram o elenco e permitiram a aproximação dos concorrentes diretos na tabela.
O investimento para montar esse setor ofensivo foi pesado. O clube desembolsou cerca de R$ 700 milhões em reforços ao longo do ano, estabelecendo um recorde institucional. O grande destaque dessa movimentação financeira foi a chegada de Vitor Roque em fevereiro, custando 25,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 154 milhões na época), tornando-se a aquisição mais cara da história do Palmeiras .
| Competição | Desempenho Final |
|---|---|
| Campeonato Paulista | Vice-campeão |
| Copa do Mundo de Clubes | Quartas de final |
| Copa do Brasil | Oitavas de final |
| Libertadores | Vice-campeão |
| Campeonato Brasileiro | Vice-campeão |
O Peso de R$ 700 Milhões e a Sombra dos Clássicos
Apesar do alto investimento, o Palmeiras falhou sistematicamente em confrontos eliminatórios contra seu maior rival. No início do ano, o título do Paulistão foi perdido para o Corinthians após um empate sem gols em Itaquera, marcado por um pênalti desperdiçado por Raphael Veiga . O roteiro se repetiu de forma ainda mais dolorosa em julho, nas oitavas de final da Copa do Brasil, com duas derrotas contundentes para a equipe alvinegra.
Essas eliminações geraram um clima de hostilidade na Academia de Futebol, com protestos da torcida que incluíram o uso de artefatos explosivos na entrada do centro de treinamentos. O desgaste foi tamanho que Abel Ferreira chegou a cogitar sua saída do país, repensando a renovação de contrato que parecia encaminhada. Além das perdas em campo, o elenco sofreu baixas importantes no meio do ano, como a saída de Richard Ríos e a venda da joia Estêvão para o Chelsea, logo após a participação do clube na Copa do Mundo de Clubes.
No torneio mundial, o Verdão teve seu ponto alto ao eliminar o Botafogo nas oitavas de final com gol de Paulinho, após liderar um grupo que contava com Inter Miami e Porto. No entanto, o sonho do título mundial parou nas quartas de final diante do Chelsea. O saldo de 2025 é de um clube que gastou como nunca, mas que termina o ciclo precisando de respostas urgentes para retomar o caminho das glórias em 2026.
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