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Palmeiras 2025: O Fator Evangelista e a Temporada Sem Títulos

Por Redação FutVerdão em 30/11/2025 06:02

O Palmeiras se vê diante de um cenário desolador, com a iminente conclusão do ano de 2025 sem a conquista de um título expressivo. A derrota na final da Copa Libertadores para o Flamengo selou, em grande parte, o destino alviverde. Embora os cálculos da UFMG ainda apontem uma remota probabilidade de 2,9% de sagrar-se campeão brasileiro, o próprio técnico Abel Ferreira já manifestou sua resignação quanto às chances na competição nacional.

O "Motor" Desligado: Onde o Sonho Palmeirense Desmoronou

Apesar de momentos de bom desempenho ofensivo, especialmente quando a dupla Flaco López e Vitor Roque engrenou, a verdadeira fragilidade da equipe emergiu no setor que Abel Ferreira costuma denominar de "motor" do time: o meio-campo. A grave lesão de Lucas Evangelista, ocorrida na reta final da temporada, revelou-se um golpe devastador. O jogador, que havia se tornado peça indispensável no esquema tático, teve sua ausência sentida de forma irrecuperável, e o comando técnico não conseguiu arquitetar uma alternativa à altura.

A ascensão de Lucas Evangelista à condição de titular inquestionável no Palmeiras foi um processo notável. Chegou ao clube no início da temporada com um status de coadjuvante, mas sua performance ganhou relevância após a saída de Richard Ríos para o Benfica, no meio do ano. O meio-campista preencheu uma lacuna que o mercado se mostrou incapaz de suprir de imediato, transformando-se de uma aposta em uma solução vital para a engrenagem do time.

Andreas Pereira e a Breve Esperança do Meio-Campo

A chegada de Andreas Pereira em setembro, anunciado como o tão esperado camisa 8, trouxe consigo uma expectativa considerável. Contudo, a utilização do atleta por Abel Ferreira divergiu do que se projetava. O treinador optou por manter Evangelista entre os titulares, posicionando Andreas de forma mais avançada no setor. Essa configuração, por um breve período, rendeu frutos, culminando na classificação contra o River Plate, com atuações sólidas nos confrontos de ida e volta pela Libertadores.

Entretanto, essa dinâmica promissora teve vida curta. No embate subsequente, contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, Evangelista, conhecido por seu estilo aguerrido e combativo, esticou a perna em uma disputa de bola. O resultado foi um rompimento do tendão posterior da coxa direita, uma lesão grave que exigiu intervenção cirúrgica e o afastará dos gramados até 2026. Esse incidente marcou o verdadeiro ponto de inflexão na trajetória da equipe.

O Efeito Dominó: Desequilíbrio e Queda de Rendimento

Ainda que o Palmeiras tenha conseguido uma sequência de quatro vitórias após a lesão de Evangelista, sua ausência desencadeou um efeito dominó deletério no setor de meio-campo. Andreas Pereira foi obrigado a recuar para sua posição de origem, mas não conseguiu replicar o mesmo nível de desempenho que havia demonstrado ao lado de Evangelista. A falta de um parceiro com as características combativas e de cobertura de Lucas impactou diretamente sua performance.

A instabilidade se alastrou para a posição de meia ofensivo, onde uma sucessão de jogadores foi testada sem sucesso. Abel Ferreira concedeu oportunidades a Maurício, Raphael Veiga, Sosa, Facundo Torres e Felipe Anderson. Nenhum deles conseguiu se firmar consistentemente, com a única exceção notável sendo a atuação de Veiga contra a LDU no Allianz Parque. Essa rotatividade e a ausência de um titular absoluto evidenciaram a dificuldade em encontrar o equilíbrio perdido.

A Fragilidade Exposta na Grande Final

Aníbal Moreno, que dependia da presença de Evangelista para o suporte defensivo, também sentiu a lacuna. Sua queda de rendimento foi perceptível, culminando em sua condição de reserva ao final da temporada. Abel Ferreira, buscando alternativas para a função, chegou a escalar Bruno Fuchs no setor, um claro sinal da instabilidade e da busca incessante por soluções que não apareceram.

O ápice da fragilidade do meio-campo alviverde foi evidenciado na final da Copa Libertadores, quando o time iniciou a partida com Andreas Pereira como único homem de criação no setor central. Essa escalação, por si só, representou um inquestionável indício de que o "motor" do Palmeiras , crucial para a ambição de títulos, operava longe de seu potencial máximo, selando uma temporada de frustrações e lições amargas.

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Ricardo

Ricardo

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Comentado em 30/11/2025 10:20 Apesar das pancadas, sigo acreditando no elenco e no Abel, vamos buscar a virada ainda, tamo junto
Gustavo

Gustavo

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Comentado em 30/11/2025 08:10 Vai Palmeiras, vamos com tudo mesmo sem esse motor
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