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Palmeiras 2025: Por que o time de Abel Ferreira colecionou vices?
Por Redação FutVerdão em 26/12/2025 05:11
Ao encerrar o calendário de 2025, o Palmeiras se depara com um cenário de sentimentos ambivalentes. Embora a equipe de Abel Ferreira tenha demonstrado fôlego para estar presente em todas as decisões, a carência de contundência e o desequilíbrio emocional transformaram o ano em uma sequência de frustrações. Para uma torcida que se acostumou com o protagonismo absoluto, o encerramento desta temporada deixa o paladar amargo de quem viu grandes chances serem desperdiçadas por detalhes evitáveis.
Um dos pontos mais sensíveis da análise recai sobre a pobreza do repertório coletivo. Mesmo com um aporte financeiro generoso para a chegada de novos reforços, o futebol apresentado no Allianz Parque careceu de brilho e criatividade. A crítica especializada e a arquibancada foram unânimes ao apontar a dependência excessiva do "chuveirinho". Na ausência de jogadas trabalhadas por baixo, o cruzamento sistemático na área tornou-se o único recurso de um elenco que, apesar de caro, não conseguiu apresentar variações táticas condizentes com o investimento realizado.
Deficiências táticas e o excesso de cruzamentos no Allianz Parque
No âmbito dos resultados, o rótulo de vice-campeão tornou-se uma sombra constante. O Palmeiras esbarrou em um Flamengo mais eficiente nos momentos de definição, perdendo o título tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa Libertadores. No cenário global, o sonho do Mundial de Clubes foi novamente interrompido pelo Chelsea. A eliminação nas quartas de final evidenciou que o nível de execução do futebol brasileiro ainda encontra um teto rígido quando confrontado com a elite europeia.
| Competição | Desempenho em 2025 |
|---|---|
| Campeonato Brasileiro | Vice-campeão |
| Copa Libertadores | Vice-campeão |
| Mundial de Clubes | Eliminado nas quartas de final |
| Paulistão e Copa do Brasil | Eliminado pelo maior rival |
O retrospecto negativo em clássicos e a perda da soberania
Contudo, nada feriu mais o orgulho alviverde em 2025 do que o desempenho nos Derbys. O retrospecto contra o Corinthians deixou de ser uma vantagem para se tornar um problema psicológico evidente. Em sete duelos disputados, o Palmeiras conseguiu apenas um triunfo. Ver o maior rival conquistar o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil após eliminar o Verdão pelo caminho gerou uma cicatriz profunda, expondo uma perda de domínio emocional que parecia ser uma marca inabalável do trabalho de Abel Ferreira em anos anteriores.
As lições para 2026 são claras e exigem autocrítica. O saldo desta temporada prova que acumular contratações em quantidade não substitui a necessidade de preencher lacunas específicas com precisão tática. O Palmeiras entregou transpiração e teve suporte financeiro, mas faltou o ajuste fino para transformar volume de jogo em taças no armário. A reconstrução para o próximo ano demanda mais do que apenas novos nomes; exige a recuperação da solidez defensiva e o resgate da autoridade nos gramados paulistas, características que foram o alicerce dos sucessos recentes do clube.
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