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Palmeiras 4x1 Juventude: Análise Tática da Goleada e Liderança Alviverde
Por Redação FutVerdão em 11/10/2025 21:01
A Resposta Alviverde à Adversidade
Qualquer incerteza que pudesse pairar sobre a mente do torcedor palmeirense, diante de uma formação significativamente alterada que pisou no Allianz Parque, foi rapidamente dissipada. A bola mal havia rolado e o líder do Campeonato Brasileiro já demonstrava a mesma eficiência e coesão tática observadas com sua equipe completa. Um funcionamento impecável, fruto de um elenco de alta qualidade, culminou em uma vitória expressiva por 4 a 1.
A equipe do Juventude, detentora da defesa mais vazada da competição, foi a vítima da vez. O clube de Caxias do Sul só conseguiu apresentar alguma resistência competitiva na segunda metade do segundo tempo, evitando, por pouco, um placar ainda mais elástico. O triunfo elevou o Palmeiras a 58 pontos, estabelecendo uma vantagem de três pontos sobre o vice-líder Flamengo, além de duas vitórias a mais, critério de desempate primordial.
O técnico Abel Ferreira precisou ser criativo para montar a equipe. Diante da ausência de volantes de contenção mais robustos, Bruno Fuchs foi deslocado para a função, enquanto Micael ganhou uma oportunidade na linha defensiva. A lista de desfalques era considerável, incluindo nomes como Gustavo Gómez, Khellven, Emiliano Martinez, Aníbal Moreno, Ramon Sosa, Facundo Torres, Vitor Roque e Flaco López. No ataque, Bruno Rodrigues atuou como referência, Maurício ocupou a faixa central da meia, e Raphael Veiga partiu da direita.
Do lado do Juventude, o treinador Thiago Carpini não pôde contar com Ewerthon, Mandaca e Lucas Fernandes. Reginaldo assumiu a lateral-direita, Igor Formiga foi escalado na ponta, e Caíque retornou para fortalecer o meio-campo. Ênio iniciou na ponta-esquerda, com Rafael Bilu permanecendo no banco de reservas.
O Xadrez Tático de Abel Ferreira
O que se antecipava como um confronto de "ataque contra defesa" materializou-se logo nos primeiros instantes da partida. O Palmeiras estabeleceu-se no campo de ataque do Juventude, que, por sua vez, tentava compactar suas linhas para roubar a bola e acionar contra-ataques. Contudo, a estratégia da equipe gaúcha mostrou-se ineficaz. O Palestra implementou o mesmo padrão de jogo que tem caracterizado suas atuações nos últimos dois meses.
Bruno Fuchs , atuando como volante ao lado de Andreas, recuava para auxiliar na saída de bola entre os zagueiros, função similar à de Aníbal. Giay e Piquerez projetavam-se amplamente pelos flancos do campo ofensivo. Veiga e Felipe Anderson alternavam entre as laterais e o centro, aproximando-se de Maurício e ocupando os espaços às costas dos volantes do Juventude, onde eram constantemente encontrados.
Fuchs e Murilo, sem sofrer pressão, encontravam o trio de meias do Verdão com facilidade. A partir daí, estes jogadores buscavam combinações rápidas, passes em profundidade para os deslocamentos de Bruno Rodrigues , ou a abertura para a projeção dos laterais. Outra rota para penetrar a defesa do Papo era a circulação lateral da bola, buscando tabelas entre Giay e Veiga, ou Piquerez e Felipe Anderson .
Jandrei já havia realizado duas defesas importantes em finalizações de Piquerez e Maurício antes dos 20 minutos. No entanto, o goleiro não conseguiu impedir o chute certeiro de Raphael Veiga pouco depois da metade da primeira etapa. Marcelo Hermes interceptou mal um passe de Andreas Pereira, Felipe Anderson teve sua batida bloqueada por Rodrigo Sam, mas Veiga, na sequência, desferiu um arremate preciso no ângulo direito.
O Juventude se postava em um 4-1-4-1, mas falhava em neutralizar o trabalho dos meias palmeirenses e em pressionar agressivamente o trio que iniciava as jogadas. A equipe apenas se defendia na tentativa de proteger a área e exibia pouca capacidade de transição ofensiva. Somente após os 35 minutos o Juventude conseguiu se soltar um pouco, finalizando com Gilberto, que mandou por cima da meta, mas sem estancar o volume ofensivo do Palmeiras .
Gols e Destaques Individuais
Foram 14 finalizações do Palmeiras nos 49 minutos de jogo. Uma delas, apesar de fraca, encontrou o caminho da rede e carregou um significado especial. Bruno Rodrigues , após duas lesões gravíssimas no joelho, voltou a balançar as redes. Ele recebeu um escoramento de Murilo e cabeceou para o gol, com Jandrei falhando de forma bisonha. Todos os reservas correram para celebrar com o camisa 11.
Os anfitriões mantiveram o ritmo intenso na volta para o segundo tempo. Abatido e sem reação, o Juventude foi dominado nos dez minutos iniciais, sofrendo mais dois gols no período. Raphael Veiga tabelou com Bruno Rodrigues em um contra-ataque pela esquerda e cruzou para Bruno Fuchs marcar. Na sequência, Veiga lançou Maurício pela direita, que cruzou rasteiro para Felipe Anderson ampliar, livre na pequena área.
| Minuto | Jogador | Time | Assistência / Descrição |
|---|---|---|---|
| 25' (1T) | Raphael Veiga | Palmeiras | Chute de fora da área após rebatida |
| 48' (1T) | Bruno Rodrigues | Palmeiras | Cabeceio após escoramento de Murilo |
| 52' (2T) | Bruno Fuchs | Palmeiras | Cruzamento de Raphael Veiga |
| 55' (2T) | Felipe Anderson | Palmeiras | Cruzamento rasteiro de Maurício |
| 78' (2T) | Rodrigo Sam | Juventude | Cabeceio após falta de Nenê |
A Reação Tardía do Juventude e o Controle Palestrino
Carpini tentou revitalizar sua equipe com três substituições: Nenê, Gabriel Taliari e Rafael Bilu entraram em campo, substituindo Reginaldo, Sforza e Ênio. Igor Formiga foi deslocado para a lateral-direita. Posteriormente, Gilberto deu lugar a Alan Ruschel, que auxiliou Marcelo Hermes a reforçar o lado esquerdo.
No Palmeiras , Allan e Luighi foram os primeiros a serem acionados por Abel, substituindo Bruno Fuchs e Bruno Rodrigues . Andreas Pereira recuou para a posição de meio-campista mais recuado. O ritmo do jogo diminuiu, e o Juventude aumentou seu tempo de posse de bola. Conseguiu diminuir o placar em uma cobrança de falta próxima à grande área, onde Nenê bateu e Rodrigo Sam se antecipou a Weverton para cabecear e marcar.
O zagueiro Rodrigo Sam lesionou-se na jogada, e o médico do Juventude sinalizou a necessidade de substituição conforme o protocolo de concussão. Contudo, o atleta recusou-se a sair e permaneceu em campo até o apito final. Abner foi o substituído, dando lugar a Daniel Peixoto. O Juventude ganhou ânimo e encaixou alguns ataques rápidos que incomodaram a defesa paulistana, mas não conseguiu balançar as redes novamente.
Com a entrada dos jovens Erick Belé e Luis Pacheco, além do lateral Jefté, o Palmeiras administrou a ampla vantagem no placar, garantindo a continuidade de sua melhor campanha na história dos Campeonatos Brasileiros de pontos corridos.
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