Palmeiras: A Estratégia Bilionária da Base de Abel Ferreira Revelada

As recentes estreias de jovens talentos da base do Palmeiras no Allianz Parque, durante a vitória por 4 a 1 sobre o Juventude, servem como um lembrete contundente da profunda aposta do clube em seus atletas formados em casa. Sob a batuta do técnico Abel Ferreira, o Alviverde não apenas lapida jogadores, mas os transforma em ativos financeiros de proporções notáveis. A entrada de mais duas "Crias da Academia" no time profissional eleva a contagem de jogadores da base utilizados na era do treinador, consolidando uma estratégia que transcende o campo de jogo.

A valorização desses atletas tem sido um pilar fundamental para o fortalecimento das finanças alviverdes. As negociações de Endrick, Luis Guilherme, Estêvão e Vitor Reis ilustram essa realidade com cifras impressionantes. Somente as transferências dos três primeiros injetaram nos cofres palmeirenses uma soma próxima de R$ 1 bilhão. Endrick , por exemplo, foi adquirido pelo Real Madrid em um acordo que se aproximou dos R$ 410 milhões à época. Luis Guilherme seguiu para o West Ham em uma transação de cerca de R$ 172 milhões, e Estêvão teve seu futuro atrelado ao Chelsea em uma negociação estimada em R$ 358 milhões. Vitor Reis, por sua vez, estabeleceu um novo patamar para zagueiros brasileiros, com sua ida para o Manchester City avaliada em aproximadamente R$ 225 milhões. Outros nomes, como Gabriel Veron, Kevin e Giovani, também contribuíram significativamente para a receita do clube nos últimos anos.

A Estratégia de Abel: Títulos e Desenvolvimento Financeiro

Abel Ferreira, que assumiu o comando do Palmeiras em outubro de 2020 após a saída de Vanderlei Luxemburgo ? outro incentivador da base ?, trabalhou com um total de 46 jovens oriundos da formação. Destes, impressionantes 34 foram lançados por ele próprio no time principal. Essa estatística sublinha a consistência de um projeto que, conforme o próprio treinador, busca um equilíbrio delicado entre a ambição por troféus e a promoção de novos talentos.

Após o confronto com o Juventude, o técnico português articulou sua visão sobre essa dualidade:

"Desde que chegamos ao Palmeiras, a base tem sido muito valorizada, são fatos. Muitos deles têm sido vendidos, em uma equipe que não tem como função valorizar jogadores, e sim ganhar títulos. Temos feito um pouco de tudo: apostar na base, vendê-los para reforçar nossos cofres e capacidade financeira, que não estava como queríamos quando chegamos. Mas, com a gestão responsável da nossa presidente e do diretor esportivo, conseguimos que tudo fosse crescendo ao mesmo tempo."

A Base como Solução para Desafios de Elenco

A recente partida contra o Juventude expôs a profundidade da dependência do Palmeiras em sua base, especialmente em momentos de múltiplas ausências no elenco principal. Com diversos jogadores indisponíveis, a comissão técnica se viu compelida a recorrer maciçamente às "Crias da Academia". Dos doze atletas que compunham o banco de reservas, nove eram produtos diretos das categorias de base: Allan, Riquelme Fillipe, Heittor, Larson, Erick Belé, Gilberto, Benedetti, Luís Pacheco e Luighi.

Ainda que nem todos tenham tido a oportunidade de entrar em campo ? Heittor, Larson e Gilberto permanecem aguardando sua primeira chance profissional ?, a presença massiva desses jovens sinaliza a importância estratégica da formação. A expectativa é que muitos deles continuem integrando a lista de relacionados para o próximo compromisso, contra o Red Bull Bragantino, caso as ausências de jogadores convocados persistam. A única confirmação de retorno para o próximo jogo, conforme informações, é a do atacante Vitor Roque, que cumpriu suspensão na rodada anterior.

O Legado de Abel: Um Panorama Detalhado dos Talentos Lançados

A trajetória de Abel Ferreira no Palmeiras é marcada por uma contínua inserção de jovens talentos no cenário profissional. O quadro abaixo detalha a progressão anual de jogadores formados na base que foram utilizados pelo treinador em sua jornada vitoriosa: