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Palmeiras: Análise Crítica da Perda de Pênaltis em Jogos Decisivos - Impacto e Soluções
Por Redação FutVerdão em 26/05/2025 08:12
O cenário para o Palmeiras, mesmo com a liderança no Campeonato Brasileiro, revela uma fissura tática que se manifesta com preocupante regularidade: a ineficácia nas cobranças de pênalti. O recente revés por 2 a 0 frente ao Flamengo, onde mais uma penalidade foi desperdiçada, não é um incidente isolado, mas sim o quarto erro da equipe nesta temporada, acendendo um sinal de alerta sobre um problema que assombra o elenco há anos.
A recorrência desses equívocos torna-se ainda mais grave quando se observa o contexto em que ocorrem. Das oito tentativas de pênalti do Verdão em 2025, três falhas se deram em situações de altíssima relevância: nos acréscimos de um clássico contra o Corinthians na primeira fase do Campeonato Paulista, na segunda partida da final do Estadual, também contra o arquirrival, e, por fim, no confronto direto pela ponta do Brasileirão. Cada um desses momentos representava uma oportunidade ímpar de mudar o rumo das partidas, e a falha se mostrou decisiva.
O Histórico Preocupante na Marca da Cal
A análise dos números revela um padrão que transcende a atual temporada. Nos últimos anos, a marca da cal tem sido um verdadeiro calvário para a Academia de Futebol. Em dez disputas de pênaltis que levaram à decisão por penalidades máximas, o Palmeiras saiu vitorioso em apenas duas. Sob a direção técnica de Abel Ferreira, a estatística é ainda mais desfavorável: de sete disputas, a equipe venceu apenas uma.
Essa realidade impõe uma reflexão profunda sobre a preparação e a mentalidade dos cobradores. A despeito do talento individual de seus atletas, a equipe tem demonstrado uma fragilidade notória em momentos de pressão extrema, onde a precisão e a frieza são atributos inegociáveis.
Desempenho Individual dos Batedores em 2025
Nesta temporada, quatro jogadores diferentes assumiram a responsabilidade de cobrar pênaltis pelo Palmeiras : Raphael Veiga, Estêvão, Piquerez e Flaco López. O aproveitamento de cada um deles, que deveria ser a maior chance de gol no futebol, ilustra a dificuldade coletiva.
Jogador | Acertos | Erros | Observações |
---|---|---|---|
Piquerez | 2 | 1 | Acertos contra Sport e Sporting Cristal; erro contra Flamengo. |
Raphael Veiga | 1 | 1 | Acerto contra São Paulo (semifinal do Paulista); erro contra Corinthians (final). |
Estêvão | 0 | 2 | Erros contra Corinthians e Ceará. |
Flaco López | 1 | 0 | Acerto contra Sport. |
A Visão da Comissão Técnica e os Próximos Desafios
A comissão técnica não se esquiva da realidade. O auxiliar João Martins, que substituiu Abel Ferreira em coletiva, foi enfático ao abordar a questão. "Temos que melhorar. O pênalti é a maior chance de gol no futebol e o momento mais flagrante em um jogo. Temos que ser eficazes, (domingo) fez a diferença. Há momentos assim (com desempenho ruim), mas Veiga também fez 23 seguidos. Não há desculpas nem razões para falhar. Quatro em oito (perdidos), não foi? Temos que trabalhar mais", resumiu o auxiliar, reconhecendo a gravidade do problema.
Martins complementou sua análise com uma constatação irrefutável: "São fatos, números, não podemos fugir deles". Essa honestidade, embora louvável, sublinha a urgência de uma solução. O Palmeiras , apesar da derrota recente, mantém-se na liderança do Brasileirão e tem compromissos importantes pela frente. O próximo desafio pela competição nacional será contra o Cruzeiro, antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes.
Antes disso, no meio da semana, a equipe receberá o Sporting Cristal, do Peru, pela rodada final da fase de grupos da Conmebol Libertadores. Embora a melhor campanha já esteja assegurada no torneio continental, a necessidade de aprimorar a performance na marca da cal permanece como um ponto crítico a ser superado, sob pena de comprometer ambições futuras em momentos de máxima exigência.
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