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Palmeiras: Barros Explica Renovação de Abel e Gestão Interna no Verdão
Por Redação FutVerdão em 18/07/2025 23:12
Desde meados de 2020, o comando técnico do Palmeiras tem sido exercido por Abel Ferreira, cujo futuro no clube volta a ser tema de debate. Em meio a estas discussões, Anderson Barros, diretor de futebol do Verdão, expressou um notável otimismo quanto à extensão do vínculo do treinador português.
Em entrevista concedida ao programa Zona Mista do UOL, o executivo detalhou os pontos pendentes para a formalização do prolongamento do contrato de Abel com o Alviverde até o final de 2027, conforme já manifestado publicamente pela presidente Leila Pereira.
Barros enfatizou a expectativa: "Espero que possa assinar (a renovação) o mais rápido possível. O Abel sabe do nosso desejo, da nossa vontade, sabe das condições que imaginamos para esse período. Acho que as coisas vão caminhar de uma forma bem tranquila em relação a isso. Às vezes o externo não tem a informação daquilo que temos aqui dentro, que temos planejado. Mas acredito nisso, até porque precisamos valorizar isso. Eu cheguei aqui no finalzinho de 2019, início de 2020, o Abel chegou 8 a 10 meses depois, estamos juntos desde 2020 com as nossas discussões, nossas diferenças, nossas alegrias, tristezas. Acredito muito que esse trabalho precisar ser valorizado, precisa ter continuidade e, principalmente, os resultados ratificam tudo o que a gente diz agora. A gente precisa e vai continuar buscando cada um deles da melhor forma possível", disse.
Apesar de reconhecer que "Faltam mais alguns detalhes", o diretor manifestou grande confiança na concretização do acordo. Ele fez um paralelo com a atual conjuntura nacional, destacando a desconfiança generalizada: "Vivemos hoje, e a gente sempre fica triste quando diz isso, o Brasil, hoje, é um país que está um pouco desconfiado. O país, hoje, a população, a sociedade, ela está desconfiada. E a culpa é de todos nós. Eu quero poder dizer ao torcedor do Palmeiras que ele confie naquilo que está sendo feito. Não estou dizendo que vamos deixar de errar, o que posso dizer ao torcedor, temos feito um trabalho muito transparente, muito honesto, preservando ao extremo essa instituição e, principalmente, fazendo com que ela se torne uma das principais referências do futebol no nosso país e que possa continuar a competir e ganhar título, que é o desejo de todos nós e, principalmente, do nosso torcedor."
A Confiança na Renovação e a Visão de Longo Prazo
Adicionalmente, Barros abordou a dinâmica da cobrança interna no Palmeiras , detalhando o processo de tomada de decisões no departamento de futebol, que envolve sua participação, a de Abel Ferreira e da presidente Leila Pereira.
O diretor esclareceu que a exigência não se restringe ao técnico, mas se estende a todos os membros: "Não existe só cobrança (da diretoria) no Abel, existe cobrança em todos nós. Além de toda uma estrutura administrativa do clube, na qual existe um diretor de gestão, diretor jurídico, diretor de patrimônio, diretor financeiro, de Arenas, existe toda uma estrutura. O futebol funciona de uma forma muito simples, temos a senhora presidente, o diretor de futebol e o treinador. Raramente, talvez duas vezes, nós três nos reunimos. Mas regularmente dois se reúnem, lógico que muito mais o diretor e o treinador", disse.
Ele prosseguiu, destacando a postura da presidente: "A presidente sabe e cobra exaustivamente de cada um de nós e diz tudo aquilo que ela pensa. Se nós perdemos um pênalti, ela nos cobra, cobra direto ao treinador, ao próprio diretor de futebol. Ela quer que se encontrem soluções para que se diminua isso. Ela traz a posição dela. Isso é uma condução excepcional que o Palmeiras tem dentro do departamento de futebol. Se precisar, estaremos os três juntos, mas não há essa necessidade, a forma que a gente conduz com uma transparência tão grande, basta estarem dois desses segmentos que as coisas vão estar sempre funcionando."
Barros concluiu, salientando que a abordagem adotada tem sido eficaz: "Acho que isso é uma linha que adotamos e acho que tem funcionado sempre bem. O torcedor, não tenha dúvida, não existe nenhum melindre, a cobrança é natural. Quando você tem transparência, você não tem problema em dizer 'você errou por isso'. Até no próprio Mundial, o Abel publicamente disse 'eu errei'. Vão ter horas que vamos errar. Eu errei, qual o problema? Isso não pode se tornar corriqueira, mas a gente também tem a possibilidade de cometer um erro. O que não podemos permitir é que esse erro não seja conhecido e, principalmente, esse erro não seja corrigido."
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