Palmeiras Choca River Plate no Monumental: Análise da Vitória na Libertadores

Em um confronto decisivo pela CONMEBOL Libertadores, o Palmeiras enfrentou o River Plate na última quarta-feira (17). O embate de ida, válido pelas quartas de final, culminou em um triunfo da equipe brasileira por 2 a 1, estabelecendo uma vantagem estratégica para o duelo de volta, a ser disputado no Allianz Parque na semana seguinte.

Primeiro Tempo: O Domínio Alviverde no Monumental

A etapa inicial no Monumental de Núñez foi marcada por uma intensidade notável, com o Palmeiras exercendo uma pressão contundente desde os primeiros instantes, diante de uma plateia de quase 80 mil espectadores. Aos cinco minutos de jogo, Gustavo Gómez inaugurou o marcador para o Alviverde, convertendo de cabeça uma cobrança de escanteio executada por Andreas Pereira.

Aos doze minutos, uma investida ofensiva viu Khellven receber a bola na proximidade da grande área, desferindo um chute cruzado que, contudo, encontrou a intervenção precisa do goleiro Armani.

A equipe paulista manteve as rédeas da partida, criando novas oportunidades perigosas. Aos dezoito minutos, Andreas Pereira cobrou uma falta com maestria, buscando o ângulo superior da meta adversária, mas foi impedido por uma esticada notável do arqueiro do River. No lance subsequente, Lucas Evangelista por pouco não aumentou a vantagem, com sua finalização acertando a trave.

Consolidando a Vantagem: Gols e Estratégia Palmeirense

A partir dos vinte minutos, o River Plate buscou reequilibrar as ações, tentando ditar o ritmo com a posse de bola e envolver o Palmeiras . Contudo, apesar do esforço em manter a posse no setor ofensivo, os anfitriões não conseguiram converter essa superioridade em chances claras de gol. Aos vinte e oito minutos, Paulo Díaz arriscou um chute de longa distância, que passou por cima da meta, sem ameaçar o goleiro Weverton.

Em outra tentativa argentina, aos trinta e nove minutos, Lautaro Rivero dominou a bola na intermediária, superou a marcação de Aníbal Moreno, mas sua finalização de longe não causou apreensão à defesa alviverde.

Mantendo a iniciativa, o Palmeiras consolidou sua superioridade aos quarenta minutos, quando Vitor Roque ampliou o placar. O jovem atacante, vestindo a camisa 9, recebeu um passe cirúrgico de Flaco López, originado de uma recuperação de posse de bola da equipe. Com notável tranquilidade, Roque driblou o goleiro adversário e finalizou para o fundo das redes, garantindo o segundo tento palmeirense.

Segundo Tempo: A Reação Argentina e a Resiliência do Verdão

O retorno para a segunda etapa viu os anfitriões com uma postura mais ofensiva. Logo aos quatro minutos, o River Plate chegou ao ataque, mas a intervenção de Gustavo Gómez afastou o perigo de um cruzamento. Na sequência da jogada, um chute de longa distância da equipe argentina foi contido com segurança por Weverton .

A intensidade do confronto persistiu, com o meio-campo sendo palco de incessantes disputas e uma marcação cerrada por parte de ambos os lados. Aos quinze minutos, o River Plate, pela primeira vez no embate, conseguiu superar o Palmeiras em termos de posse de bola, impondo uma pressão considerável no campo defensivo alviverde. No entanto, essa superioridade territorial não se traduziu em finalizações eficazes para diminuir a desvantagem.

No ápice de sua performance, após uma cobrança de escanteio, Weverton demonstrou certa hesitação na defesa inicial, por pouco não oferecendo uma oportunidade cristalina ao River Plate, que mantinha a ofensiva. Em um novo cruzamento de escanteio, aos vinte minutos, Acuña lançou a bola que passou perigosamente perto da meta, mas sem que nenhum atleta do River conseguisse a finalização.

Pressão e Gols: O Drama dos Minutos Finais

Aos vinte e nove minutos, Acuña encontrou espaço para arriscar um arremate potente de fora da área, que saiu por pouco, passando em proximidade assustadora ao gol defendido por Weverton .

Momentos de tensão surgiram aos trinta e dois minutos, quando o goleiro palmeirense precisou se deslocar da meta para desviar a bola após uma cobrança de falta do River Plate. O incidente foi submetido à análise do VAR, em função de uma eventual colisão do joelho de Weverton com o jogador Montiel, do River. Contudo, após minuciosa revisão, a arbitragem de vídeo confirmou uma posição de impedimento do atleta da equipe mandante. Consequentemente, a potencial penalidade foi descartada, e Weverton foi advertido apenas com um cartão amarelo.

A insistência argentina finalmente rendeu frutos aos quarenta e três minutos, quando Martínez conseguiu diminuir a vantagem para o River Plate. Em um chute de fora da área, o jogador contou com um desvio crucial em Piquerez, alterando a trajetória da bola e impossibilitando qualquer reação do goleiro, que viu a bola ir para o fundo das redes.

Perspectivas Futuras: A Decisão no Allianz e Desafios Domésticos

Em um momento de apreensão, aos quarenta e sete minutos, Khellven tentou afastar a bola e, involuntariamente, desferiu um chute contra sua própria meta, gerando um susto considerável na defesa palmeirense em meio à pressão dos anfitriões.

A derradeira tentativa do confronto ocorreu aos cinquenta e um minutos, com Borja. O Palmeiras , porém, teve a sorte de um leve desvio na zaga, que foi fundamental para frustrar a busca pelo empate nos momentos finais dos acréscimos.

O embate decisivo de volta está agendado para a próxima quarta-feira (24), às 21h30 (horário de Brasília), no reduto alviverde. Contudo, antes de focar exclusivamente nesta partida crucial, o Palmeiras terá um compromisso pelo Campeonato Brasileiro no sábado (20), quando enfrentará o Fortaleza no Allianz Parque, às 21h (horário de Brasília).