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Palmeiras de Abel Ferreira: Análise da Vitória Soberana sobre o Vasco no Allianz

Por Redação FutVerdão em 01/10/2025 21:02

Abel Ferreira consolidou seu nome na história palmeirense como um dos comandantes mais vitoriosos. Desde sua chegada em novembro de 2020, o trabalho do português elevou o patamar do clube. Contudo, nos últimos cinquenta dias, o Verdão tem exibido um futebol de notável beleza, uma faceta talvez inédita em sua gestão. Com uma "alta nota artística" novamente em evidência, a equipe paulista impôs sua superioridade em casa.

O Club de Regatas Vasco da Gama foi a mais recente vítima dessa performance avassaladora. Apesar de ter construído momentos ofensivos interessantes em diversos trechos da partida, a equipe carioca demonstrou uma fragilidade defensiva incompatível com a magnitude do desafio. Em pouco tempo, viu-se em desvantagem no placar e, quando ensaiou uma reação, deparou-se com a segurança de Weverton. O placar final de 3 a 0 manteve o Gigante da Colina na metade inferior da classificação do campeonato.

Na configuração inicial, Abel Ferreira enfrentou os desfalques de Khellven e Lucas Evangelista. Assim, Giay assumiu a lateral direita, enquanto Andreas Pereira foi deslocado para a segunda função no meio-campo. Raphael Veiga, por sua vez, atuou na faixa da meia-direita. Pelo lado vascaíno, Fernando Diniz não pôde contar com Cuesta. Lucas Oliveira formou a dupla de zaga com Robert Renan. Lucas Piton permaneceu ausente, e Puma Rodriguez foi mantido na lateral esquerda. No setor central, Tchê Tchê retornou após período de recuperação.

A Imposição Tática e a Fragilidade Defensiva do Vasco

O Palmeiras tem desenvolvido uma especialidade em definir rapidamente seus confrontos no Allianz Parque. Nos últimos quatro compromissos pelo Campeonato Brasileiro, essa característica se repetiu. Contra Sport, Internacional, Fortaleza e o próprio Vasco, a equipe abriu o placar antes dos quinze minutos. Diante do Colorado, a goleada se desenhou cedo, e o mesmo padrão se manifestou nesta quarta-feira, com um 3 a 0 já estabelecido na primeira metade do tempo inicial.

Além da execução primorosa das concepções ofensivas, o Alviverde encontrou um adversário notavelmente desorganizado em sua fase defensiva. O Vasco concedeu espaços significativos entre seus setores, exibiu pouca combatividade na "primeira pressão" exercida sobre a saída de bola palmeirense e falhou na interpretação dos movimentos de ataque dos donos da casa.

Raphael Veiga exemplificou essa falha defensiva vascaína logo aos cinco minutos. Em um movimento característico do meia-direita deste novo Palmeiras , ele flutuou da lateral para o centro, buscando as costas dos volantes adversários. Puma Rodriguez demonstrou um lapso de atenção em seu acompanhamento, e o passe de Murilo encontrou Veiga. O camisa 23 tentou servir Vitor Roque em profundidade, Lucas Oliveira realizou um corte deficiente, e Flaco López finalizou com maestria para inaugurar o marcador.

Movimentação Coordenada e a Contundência Alviverde

A arquitetura ofensiva palmeirense contava com Giay e Piquerez avançando abertos, empurrando Nuno Moreira e Rayan para setores distantes do campo de ataque. Essa liberdade era viabilizada pelo recuo de Aníbal Moreno, que formava a "saída de três" com os zagueiros. Veiga e Felipe Anderson alternavam posições conforme detalhado, enquanto Andreas atuava como um elo crucial entre as linhas. Vitor Roque e Flaco López , por sua vez, exibiam uma movimentação coordenada e inteligente.

Em posse de bola, o Vasco conseguiu articular algumas trocas de passes no campo ofensivo, à sua maneira, reunindo atletas para criar superioridade numérica em um dos flancos. Chegou a oferecer perigo, notadamente com Rayan e Vegetti em diferentes investidas. No entanto, do outro lado, havia uma equipe superiormente ajustada em todas as fases do jogo.

Tamanha era a solidez palmeirense que o segundo gol surgiu de uma retomada de bola de Gustavo Gómez na altura do meio-campo. Coutinho foi desarmado. Piquerez recebeu de Felipe Anderson e cruzou, em uma jogada onde Hugo Moura se atrapalhou, praticamente "presenteando" o gol a Flaco López . O atacante argentino não desperdiçou, alcançando a marca de 21 gols em 50 jogos na temporada.

A precisão na conversão das oportunidades manteve-se alta. Foi a vez de Flaco receber de Andreas às costas dos volantes e encontrar Vitor Roque com um passe em profundidade de rara beleza. O jovem atacante livrou-se de Paulo Henrique e Léo Jardim para marcar o terceiro tento aos 23 minutos. O restante da etapa inicial viu o Vasco com maior posse de bola, mas com pouca efetividade na criação de chances claras.

A Gestão da Vantagem e as Intervenções de Weverton

O ímpeto ofensivo paulista persistiu no retorno para o segundo tempo. O Palmeiras manteve a intensidade nas pressões sobre a saída de bola cruzmaltina e controlou a posse próxima à área adversária nos minutos iniciais. Gradualmente, porém, o Vasco conseguiu progredir com a bola, mas repetiu o problema da parte final do primeiro tempo: a dificuldade em criar, em penetrar a área palmeirense com alguma vantagem.

Diniz buscou aumentar a agressividade de sua equipe a partir dos quinze minutos. Substituiu o apagado Nuno Moreira por Andrés Gómez . Pouco depois, Vegetti deixou o campo para a entrada de David. O Palmeiras , então, voltou a ameaçar em três boas tramas pela esquerda. Felipe Anderson e Piquerez demonstraram uma associação de qualidade, e Raphael Veiga , momentos antes de ser substituído, lançou a bola com precisão para o lateral.

Flaco López e Vitor Roque estiveram muito próximos de ampliar o placar, e Murilo também levou perigo em um cabeceio. Abel começou a realizar suas substituições por volta da metade da etapa. Raphael Veiga e Felipe Anderson foram os primeiros a sair, dando lugar a Facundo Torres e Ramon Sosa. Posteriormente, Maurício, Bruno Rodrigues e Allan substituíram Flaco López , Vitor Roque e Andreas Pereira, respectivamente.

Com as alterações, o poder de envolvimento dos donos da casa diminuiu. O Vasco, em contrapartida, pareceu sentir um efeito inverso. Já com Mateus Carvalho em campo e Hugo Moura atuando como zagueiro após a saída de Lucas Oliveira, a equipe carioca criou oportunidades para diminuir o placar. No entanto, Weverton impediu gols certos de Philippe Coutinho e Andrés Gómez após os trinta minutos, garantindo que o resultado não fosse alterado até o apito final.

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Fernando

Fernando

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Comentado em 02/10/2025 01:21 Esse Palmeiras tá mais afiado que faca, Flaco López tá no gol, rapaziada, rsrs!
Anderson

Anderson

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Comentado em 01/10/2025 23:10 Jogão do Verdão, show de bola e gols!
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