Palmeiras desiste de Bitello? Entenda a pedida milionária do Dínamo Moscou

As pretensões do Palmeiras em repatriar o meio-campista Bitello sofreram um duro golpe financeiro. O Dínamo Moscou, detentor dos direitos econômicos do atleta, elevou o sarrafo nas negociações e passou a exigir 18 milhões de euros para liberar o jogador de 25 anos. Na conversão direta, o montante ultrapassa a marca de R$ 117 milhões, valor considerado proibitivo para os padrões atuais da gestão de Leila Pereira, especialmente diante das necessidades de equilíbrio orçamentário.

Apesar do desejo explícito do jogador em retornar ao cenário brasileiro para ganhar vitrine e buscar uma convocação para a Seleção Brasileira, o longo contrato com os russos, vigente até meados de 2031, confere ao Dínamo total controle sobre o destino do meia. O clube europeu realizou um investimento de 10 milhões de euros em 2023 para tirar o atleta do Grêmio e, diante do protagonismo alcançado por ele na Rússia, não demonstra disposição em facilitar uma saída por valores inferiores ao estipulado recentemente.

O desempenho de Bitello em solo europeu justifica a postura rígida da diretoria russa. Desde sua transferência, o meio-campista se consolidou como peça fundamental na estrutura tática da equipe, acumulando números que chamam a atenção do mercado internacional e justificam o interesse inicial de Abel Ferreira.

O desempenho de Bitello no futebol europeu e o cenário contratual

Desde que desembarcou em Moscou, o ex-gremista assumiu a responsabilidade de conduzir o setor criativo da equipe. Sua regularidade é atestada pela minutagem elevada e pela participação direta em gols, o que torna sua reposição complexa para o clube detentor de seu passe. Abaixo, detalhamos as estatísticas do jogador até o momento:

Diante deste panorama financeiro inflacionado, a cúpula alviverde deve redirecionar seus esforços. Embora Bitello conte com o aval técnico da comissão portuguesa, o clube entende que existem lacunas mais urgentes no elenco que demandam investimentos pesados, especificamente na busca por um volante de contenção e um zagueiro de hierarquia para fortalecer o sistema defensivo.

O planejamento para 2026 e a pressão por resultados imediatos

O Palmeiras entra no mercado sob a pressão de uma temporada de 2025 que deixou cicatrizes no torcedor. O acúmulo de três vice-campeonatos ? no Campeonato Paulista, na Copa Libertadores e no Brasileirão ? exige uma postura mais assertiva e menos experimental da diretoria. O planejamento para o próximo ano não admite erros, e a necessidade de reforços pontuais torna-se a prioridade absoluta para que o clube retome o caminho dos títulos de expressão.

Mesmo com o mercado da bola em ebulição, o foco técnico já se volta para a estreia oficial na temporada de 2026. O elenco comandado por Abel Ferreira tem compromisso marcado para o dia 10 de janeiro, às 20h30, quando enfrenta a Portuguesa na rodada de abertura do Campeonato Paulista. Será o primeiro teste para um grupo que busca apagar a imagem de "quase" deixada no último ano e reafirmar sua hegemonia no futebol nacional.

A postura analítica da diretoria sugere que, sem uma redução drástica na pedida do Dínamo Moscou, o nome de Bitello será arquivado em prol de oportunidades que ofereçam uma melhor relação entre custo e benefício. O Palmeiras parece ter aprendido que, no atual estágio do futebol brasileiro, investir cifras centenárias em um único setor pode comprometer a profundidade necessária para disputar múltiplas competições simultâneas.