Palmeiras desiste de Roger Ibañez? Veja valores da negociação

O planejamento do Palmeiras para o ciclo de 2026 já apresenta movimentações significativas nos bastidores, mas nem todas as investidas resultam em otimismo. Embora o clube tenha garantido a permanência definitiva de Bruno Fuchs e conte com a solidez de Murilo e Gustavo Gómez, além da promessa Benedetti, a diretoria buscou no mercado internacional um nome de peso para elevar o patamar defensivo. O alvo da vez foi Roger Ibañez, atualmente no Al Ahli, da Arábia Saudita.

A sondagem, no entanto, esbarrou em cifras que fogem completamente da realidade financeira praticada no futebol nacional. De acordo com informações publicadas pela "ESPN", o clube saudita estabeleceu o valor de 25 milhões de euros para abrir negociações. Na cotação atual, o montante ultrapassa a marca de R$ 163 milhões, um investimento considerado proibitivo para os padrões da Academia de Futebol.

Obstáculos financeiros e o teto salarial no Allianz Parque

Se o custo da transferência já representava um entrave intransponível, as exigências salariais do atleta tornaram a operação ainda mais improvável sob o ponto de vista administrativo. Ibañez recebe anualmente cerca de 10 milhões de euros em solo saudita. Isso resulta em um vencimento mensal de aproximadamente R$ 5 milhões, valor que supera até mesmo os ganhos do técnico Abel Ferreira, atual referência salarial do clube.

Abaixo, detalhamos os custos envolvidos na consulta realizada pelo departamento de futebol alviverde:

Trajetória europeia e versatilidade tática de Ibañez

Revelado pelo Fluminense, o defensor consolidou sua carreira no Velho Continente antes de se aventurar no futebol árabe. Sua trajetória na Europa começou na Atalanta, que desembolsou 4 milhões de euros em 2019. Posteriormente, o jogador se destacou na Roma, clube que investiu quase 10 milhões de euros para contratá-lo em definitivo após um período de empréstimo iniciado em 2020.

Roger Ibañez é reconhecido pela imposição física e velocidade, qualidades que o permitem atuar tanto no miolo de zaga quanto na função de volante, embora esta última não seja sua prioridade em campo. Apesar dessa polivalência que agrada comissões técnicas modernas, o Palmeiras mantém a cautela. No momento, o foco da gestão permanece na manutenção da base vitoriosa e na integração de jovens talentos, evitando comprometer a saúde financeira com operações de risco elevado.