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Palmeiras é um dos clubes que mais formam atletas para a Série A
Por Redação FutVerdão em 30/12/2025 12:12
O cenário do futebol brasileiro em 2025 reforçou a hegemonia de poucos clubes no que diz respeito à lapidação de novos talentos. Entre os protagonistas desse movimento, o Palmeiras reafirma sua posição estratégica ao figurar no pódio das instituições que mais abastecem a elite do esporte nacional com jogadores oriundos de suas categorias de base. O levantamento, que considera os últimos três clubes formadores dos atletas entre as categorias sub-17 e sub-23, coloca a Academia de Futebol em um patamar de destaque técnico e mercadológico.
Ao longo da última temporada, 64 jogadores com passagem pela formação alviverde estiveram presentes nas súmulas das equipes que disputaram a Série A. Esse volume de atletas ratifica a eficiência do investimento feito pelo clube nos últimos anos, perdendo em números absolutos apenas para o Flamengo, que lidera com 70 nomes, e para o Fluminense, que ocupa a segunda posição com 67 jogadores revelados.
A análise criteriosa dos dados mostra que o Palmeiras não apenas forma para o seu próprio elenco, mas serve como um celeiro vital para a manutenção do nível competitivo de diversos adversários na primeira divisão. É um desempenho que contrasta com equipes tradicionalmente fortes nesse quesito, como Santos e Internacional, que apareceram em posições menos privilegiadas no ranking de aproveitamento e revelação nesta temporada.
A eficiência da formação e a presença nos elencos profissionais
Embora o volume total de revelações seja impressionante, existe uma distinção necessária entre ser relacionado para uma partida e efetivamente atuar. No contexto geral da Série A, muitos jovens talentos passam pelo processo de transição ocupando o banco de reservas como parte de uma triagem contínua. No Flamengo, líder da lista, 11 jogadores não chegaram a entrar em campo, enquanto no Fluminense esse número subiu para 17 atletas. O Palmeiras , mantendo sua filosofia de competitividade, utiliza esse processo para avaliar a maturidade de seus ativos antes de integrá-los definitivamente ao plantel principal.
Outro ponto de atenção no relatório é o comportamento de clubes como o Bahia, que demonstrou uma utilização agressiva da própria base, relacionando 36 jogadores formados internamente. No entanto, a efetividade dessa utilização é questionável, visto que uma parcela considerável desses nomes teve pouca ou nenhuma minutagem real, servindo mais como composição de elenco do que como peças fundamentais na engrenagem tática das equipes.
Abaixo, apresentamos os dados comparativos dos principais clubes formadores e sua capacidade de aproveitamento interno durante a temporada de 2025:
| Clube Formador | Total de Atletas na Série A | Atletas na Própria Equipe |
|---|---|---|
| Flamengo | 70 | 44 |
| Fluminense | 67 | 40 |
| Palmeiras | 64 | Dados não especificados |
| Bahia | - | 36 |
O abismo entre o sucesso na base e a sobrevivência na elite
A correlação entre o uso da base e o sucesso esportivo não é linear, como demonstram os casos de Mirassol e Sport. O clube paulista, apesar de ter sido o que menos utilizou atletas formados em casa, viveu um ano de glórias com a classificação inédita para a Libertadores. Em contrapartida, o Sport, que figurou como a sexta equipe que mais levou jogadores da base para os jogos, amargou a pior campanha do Campeonato Brasileiro, evidenciando que a quantidade de jovens no elenco não substitui a necessidade de um planejamento técnico robusto.
Na parte inferior da tabela de aproveitamento, equipes como Ceará, Fortaleza e Juventude apresentaram números tímidos de integração de jovens valores, coincidindo com o rebaixamento para a Série B em 2026. Esse cenário sugere que a falta de renovação ou a incapacidade de maturar talentos internos pode cobrar um preço alto a longo prazo, especialmente para clubes que não possuem o poder financeiro das potências do eixo Rio-São Paulo.
Para o Palmeiras , o desafio que se impõe para as próximas temporadas é manter a balança equilibrada: continuar exportando talentos para o mercado nacional e internacional, garantindo saúde financeira, sem abdicar da utilização desses mesmos jovens para manter a competitividade do time profissional. A Academia de Futebol provou ser uma engrenagem eficiente, mas o mercado da Série A está cada vez mais exigente quanto à prontidão desses atletas.
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