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Palmeiras Final Libertadores: Desafios Atuais e a Busca Pelo Tetra

Por Redação FutVerdão em 27/11/2025 07:12

O elenco do Palmeiras aproxima-se da decisão da Copa Libertadores sem a dominância habitual observada desde 2020. Em vez disso, apresenta-se como um gigante desgastado, em busca de sua melhor versão precisamente no momento mais crucial da temporada. Este cenário atual diverge significativamente da imagem de invencibilidade frequentemente associada ao clube nos últimos anos de glória continental.

A Queda de Rendimento e os Resultados Alarmantes

Os últimos cinco confrontos pelo Campeonato Brasileiro evidenciam uma equipe distante de seu apogeu, acumulando uma sequência de resultados desfavoráveis e enfrentando obstáculos incomuns sob a gestão de Abel Ferreira. Mais do que os pontos perdidos, o desempenho em campo tem gerado um sinal de alerta entre a torcida e a comissão técnica.

A sequência sem vitórias representa o pior momento do time no ano. Durante este período, o Palmeiras exibiu uma notável diminuição na capacidade de criar jogadas ofensivas, repetiu falhas na marcação, reduziu a intensidade característica de seu jogo e viu seu arsenal ofensivo minguar consideravelmente. O rendimento da equipe, em vez dos meros resultados, é o que realmente preocupa.

Observe os últimos resultados do clube no Campeonato Brasileiro:

Jogo Placar
Mirassol x Palmeiras 2 x 1
Santos x Palmeiras 1 x 0
Palmeiras x Vitória 0 x 0
Palmeiras x Fluminense 0 x 0
Grêmio x Palmeiras 3 x 2

As Causas do Desgaste: Calendário e Instabilidade Tática

O percurso recente do Verdão é marcado por uma série de fatores que contribuem para elucidar a queda em seu desempenho técnico. A combinação de um calendário extremamente apertado, deslocamentos exaustivos para jogos fora de casa, convocações de atletas para suas seleções nacionais e o surgimento de lesões musculares impactou o elenco de forma contundente.

Nas semanas precedentes, a preparação física ascendeu à categoria de prioridade máxima. A equipe técnica identificou que vários jogadores titulares operavam no limite de sua capacidade física. Alguns foram, inclusive, poupados estrategicamente para prevenir o agravamento de possíveis contusões. Adicionalmente, o Palmeiras enfrentou a instabilidade em suas escalações, com Abel Ferreira tendo que improvisar laterais, reconfigurar o meio-campo, adaptar o setor ofensivo sem seu atacante de referência e acelerar o retorno de atletas lesionados em diversas partidas.

Essa instabilidade tática e física teve um efeito direto na performance coletiva. O time perdeu sua profundidade pelos flancos, o setor de meio-campo demonstrou dificuldades em manter o controle da posse de bola, e o ataque dependeu de momentos de brilhantismo individual, especialmente em confrontos mais fechados. Consequentemente, o Palmeiras chegou a registrar três partidas consecutivas sem conseguir balançar as redes, enquanto sofria seis gols neste mesmo intervalo de tempo.

O Prejuízo no Brasileirão e a Reação Interna

Os tropeços consecutivos comprometeram a trajetória no Campeonato Brasileiro, que até um período recente se mostrava robusta. Os empates sem gols contra Vitória e Fluminense revelaram uma equipe sem a aceleração necessária no terço final do campo, encontrando barreiras para superar defesas bem postadas. As derrotas para Mirassol, Santos e Grêmio, por sua vez, expuseram problemas defensivos atípicos. A mais recente delas, um revés por 3 a 2 em Porto Alegre, salientou uma visível deterioração no nível de recomposição defensiva ? um dos pilares fundamentais da filosofia de Abel Ferreira nas conquistas recentes do clube.

Internamente, a insatisfação é palpável e não é disfarçada. Tanto a comissão técnica quanto a presidente do clube, Leila Pereira, reconheceram publicamente a fase desfavorável, mas reforçam que o foco integral estava e permanece na Copa Libertadores, competição na qual o time historicamente demonstra uma capacidade de superação e crescimento.

A Casca de Campeão em Mata-Matas e a Estratégia para a Final

Contudo, se a análise do período mais recente gera apreensão, o histórico em confrontos eliminatórios resgata uma parcela significativa de confiança. Desde o ano de 2020, o Palmeiras metamorfoseou-se em uma equipe talhada para finais, evidenciando a capacidade de gerenciar o aspecto emocional em partidas de grande envergadura e de decidir sob a pressão inerente a esses duelos.

Existe também a expectativa de que jogadores em fase final de recuperação de lesões ou aqueles que foram poupados estrategicamente na reta final do Campeonato Brasileiro possam retornar com força total, infundindo uma nova dinâmica ao elenco para a decisão em Lima. Antes do embate contra o Grêmio, Abel Ferreira optou por deixar onze atletas em São Paulo, dedicados à preparação exclusiva para a final continental, esboçando ali a provável formação titular. Dentre esses jogadores selecionados para o descanso, apenas Piquerez, Andreas e Allan participaram do jogo contra o Grêmio, sendo que os dois últimos entraram em campo no decorrer da partida.

Dessa forma, o Palmeiras inicia sua jornada de preparação final para a decisão no Peru, nesta quarta-feira (27/11), imerso em um contexto de turbulência. No entanto, o clube também se apresenta com a resiliência de quem já triunfou em finais sob circunstâncias adversas, munido da disciplina tática de Abel Ferreira e da vivência de um grupo habituado à imponência e ao peso da Copa Libertadores.

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