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Palmeiras: O Legado de 1999 e a Busca pelo Inédito Tetracampeonato na Libertadores
Por Redação FutVerdão em 28/11/2025 05:12
O Palmeiras se prepara para um capítulo monumental em sua história, mirando a glória continental pela quarta vez. No Estádio Monumental de Lima, no Peru, o Alviverde enfrentará o Flamengo em uma disputa que pode consagrá-lo como o primeiro clube brasileiro a erguer o tetracampeonato da Libertadores. Este momento decisivo evoca memórias da primeira vez que o time pintou a América de verde e branco, há 26 anos, na noite de 16 de junho de 1999, em uma vitória histórica nos pênaltis sobre o Deportivo Cali.
Apesar do tempo transcorrido e da iminente possibilidade de adicionar mais um troféu à sua galeria, os protagonistas daquela conquista inaugural permanecem gravados na mente e no coração da torcida palmeirense. A lembrança da atuação de Marcos contra o Corinthians, nas quartas de final, transcende o tempo. Sua performance magistral no jogo de ida e, em particular, a defesa na cobrança de pênalti de Vampeta, foram o catalisador para sua "beatificação", transformando-o no lendário São Marcos.
O Legado Imortal da América Alviverde: 26 Anos de Glória
A jornada rumo ao primeiro título foi pavimentada por momentos de pura intensidade. Os embates eliminatórios, por sua vez, não foram os únicos confrontos com o arquirrival naquela edição do torneio. Antes das quartas, Corinthians e Palmeiras já haviam medido forças na fase de grupos, um período em que a regra permitia que equipes do mesmo país compartilhassem a mesma chave, proporcionando duelos de alta voltagem desde as etapas iniciais.
A ascensão de Marcos à titularidade é um enredo à parte, digno de destaque. Após uma lesão sofrida por Velloso em partida contra o União Barbarense, coube a Marcos assumir a meta alviverde em plena Libertadores, e logo em um Derby contra o Corinthians. Essa transição, que se deu em um palco de tamanha relevância, revelou a resiliência e o talento do goleiro, que se tornaria um ícone.
"A grande virada da minha vida aconteceu no primeiro jogo das quartas de final, contra o Corinthians. Cara, eu peguei muito! Muito mesmo! Fiz uma das melhores partidas da minha carreira. Os caras chutaram bastante no gol, imaginando que eu fosse tremer. Mas, de tanto eles chutarem, acabei ganhando confiança. Foi quando percebi que tinha nível para jogar no Palmeiras e era importante dentro do grupo", disse o goleiro à Revista Palmeiras, em 2019.
Marcos, que iniciara a Libertadores como terceiro goleiro, sem qualquer expectativa de atuar, viu-se subitamente no centro das atenções. Ele mesmo recordou: "Eu era o terceiro goleiro do Palmeiras no início da Libertadores. Estava inscrito, mas não tinha a menor expectativa de jogar. O titular era o Velloso, meu ídolo no futebol e um dos grandes goleiros da história do clube. O reserva imediato da posição era o Sérgio, outro grande jogador e um irmão que o futebol me deu."
São Marcos: A Gênese de um Ídolo Inabalável
Mesmo quando a bola não o tocou, Marcos foi herói. Na eletrizante disputa de pênaltis da final, a bola que Gerardo Bedoya mandou na trave e o chute para fora de Martín Zapata foram decisivos, solidificando o status de Marcos no panteão dos ídolos palmeirenses. Sua presença sob as traves infundia uma segurança inigualável na equipe.
Na decisão contra o Deportivo Cali, enquanto Evair e Oséas cumpriam seu papel de balançar as redes adversárias, levando a partida para as penalidades, a campanha teve um artilheiro surpreendente. O zagueiro Júnior Baiano se destacou como o principal goleador do Palmeiras na competição. Em suas 13 aparições, o defensor marcou cinco vezes, com três gols contra o Cerro Porteño e dois contra o Olimpia, ambos do Paraguai.
O Zagueiro Artilheiro e a Campanha Improvável de 1999
A performance ofensiva de Júnior Baiano foi tão notável que ele superou nomes de peso como Oséas, Paulo Nunes e Alex, que, por sua vez, marcaram quatro gols cada ao longo da vitoriosa campanha. A contribuição do zagueiro ressalta a diversidade de talentos e a imprevisibilidade que marcou aquele time.
A conquista sob a batuta de Felipão inseriu o Palmeiras de forma definitiva no cenário continental. Mais de duas décadas depois, em 2020, o Verdão testemunhou Abel Ferreira reconquistar a América, um feito que se repetiria pela terceira vez em 2021, consolidando uma nova era de supremacia.
A Dinastia Continental: De Felipão a Abel Ferreira
Agora, o renomado técnico português carrega a responsabilidade de mais uma vez pintar o continente de verde e branco. A história aguarda, enquanto o Palmeiras entra em campo às 18h (horário de Brasília) no Estádio Monumental de Lima, com o objetivo de escrever um novo capítulo dourado em sua rica trajetória na Libertadores.
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