Palmeiras x Corinthians: Daronco no Clássico da Copa do Brasil - Análise da Arbitragem

O Palmeiras se prepara para um confronto decisivo nesta quarta-feira (6), no Allianz Parque, buscando superar a desvantagem de 1 a 0 imposta pelo Corinthians no jogo de ida das oitavas de final da Copa Betano do Brasil. Para avançar, a equipe alviverde necessita de um triunfo por um gol de diferença para forçar a disputa por pênaltis. Contudo, nos bastidores do clube, a nomeação do árbitro Anderson Daronco para conduzir o clássico tem gerado um considerável nível de apreensão.

O Histórico de Inquietação com Daronco

As preocupações com a arbitragem de Anderson Daronco não são recentes para o Palmeiras . A diretoria alviverde já havia manifestado publicamente sua insatisfação com a performance do juiz em ocasiões anteriores. Um levantamento interno do clube revela que Daronco esteve à frente de seis confrontos do Palmeiras em 2024, e em pelo menos quatro dessas partidas, a atuação do árbitro foi objeto de severas críticas. Incidentes marcantes incluem a expulsão de Raphael Veiga em um Derby, a omissão na aplicação de um cartão vermelho a um jogador do Botafogo no início de uma partida no Rio de Janeiro, e, notavelmente, o embate contra o Flamengo que resultou na eliminação do Verdão na mesma competição.

O referido confronto contra o clube carioca, em particular, funcionou como um divisor de águas na relação entre Daronco e o Palmeiras . Após aquela partida, a comissão técnica do Verdão salientou que o duelo registrou o menor tempo de bola em jogo entre todos os confrontos das oitavas de final da edição de 2024. Esse episódio contribuiu para uma diminuição drástica na presença de Daronco em jogos do Palmeiras; subsequentemente, ele foi designado para apitar apenas duas partidas do clube ao longo de um ano.

A Crítica Contundente de João Martins

A insatisfação com o estilo de arbitragem de Daronco foi vocalizada de forma contundente pelo auxiliar técnico João Martins, especialmente após a eliminação para o Flamengo. Naquela ocasião, Martins não poupou críticas à maneira como o árbitro conduziu o jogo, destacando a interrupção constante do fluxo da partida devido a pausas excessivas para diálogos com os jogadores.

"Um árbitro que usa todas as bolas paradas para conversar com os jogadores e descansar. Isso é inacreditável para nós, treinadores. Queremos jogar futebol e dar um bom espetáculo"

Essa declaração de Martins após o apito final do confronto com o Flamengo sublinhou a frustração da comissão técnica com a conduta do árbitro. Em um momento posterior, o auxiliar reiterou seu descontentamento com o padrão de arbitragem de Daronco, questionando a necessidade de tais interrupções e a própria aptidão do juiz para comandar partidas de alta intensidade.

"Se um árbitro precisa descansar durante o jogo, alguma coisa está errada. E a culpa não é nossa! Não tem mais árbitros no Brasil? Tem árbitros jovens, sem vícios, que podem até errar, mas que não podem ser viciados como ele"

O Conflito de Estilos e a Tensão no Clássico

Embora o Corinthians também tenha manifestado objeções à escolha de Daronco para o clássico, o retrospecto recente aponta que o desconforto principal reside no lado alviverde. A comissão técnica do Palmeiras avalia que a forma de atuar do árbitro gaúcho, caracterizada por interrupções e um ritmo menos dinâmico, vai de encontro à filosofia de intensidade e fluidez de jogo que o técnico Abel Ferreira busca implementar. Esse contraste entre o estilo de arbitragem e a proposta tática do Verdão agrava a preocupação.

Diante desse cenário, a atmosfera de apreensão se intensifica às vésperas de mais um Derby crucial. A atuação da arbitragem se tornará, inevitavelmente, um dos pontos centrais de observação, especialmente considerando a enorme pressão pelo resultado e a histórica rivalidade que envolve Palmeiras e Corinthians. O desfecho da partida pode ser significativamente influenciado pela condução do apito.