Raphael Veiga no Palmeiras: os desafios para o meia em 2026

Desafios físicos e a quebra de sequência de Raphael Veiga

Historicamente conhecido por sua excelente disponibilidade física, Raphael Veiga enfrentou um cenário atípico em 2025. O meia, que costumava ser peça constante nas escalações do Palmeiras, viu sua continuidade ser interrompida por três problemas médicos distintos ao longo do calendário. O momento mais crítico ocorreu entre os meses de agosto e setembro, quando uma lesão no púbis o retirou de combate por 37 dias, resultando na ausência em sete confrontos fundamentais para as pretensões do clube.

Antes disso, o camisa 23 já havia lidado com uma contusão no ombro em abril, que custou 24 dias de recuperação, além de incômodos na região lombar. Esse histórico clínico instável impediu que o jogador atingisse o ritmo competitivo necessário para liderar o setor ofensivo, gerando uma lacuna técnica que o elenco sentiu nos momentos de maior pressão da temporada.

Estatísticas evidenciam queda de rendimento do meia alviverde

A análise fria dos números confirma que o desempenho de Veiga esteve longe do padrão estabelecido em anos anteriores. Com apenas sete gols marcados em 53 partidas, o atleta registrou sua pior marca artilheira desde que se firmou como titular absoluto. Para efeito de comparação, em suas temporadas menos produtivas até então, o meia costumava balançar as redes ao menos 18 vezes, o que evidencia o declínio acentuado em 2025.

Embora tenha contribuído com 11 assistências, o volume de jogo do armador foi impactado pela redução de sua minutagem como titular. Das 53 vezes em que entrou em campo, Veiga iniciou a partida entre os onze principais em apenas 31 oportunidades. O rendimento atual remete aos números de 2019, período em que ele ainda buscava espaço após retornar de empréstimo e atuou em apenas 20 partidas.

O peso emocional do Derby e a busca por redenção em 2026

Além das questões físicas, o aspecto psicológico do jogador foi testado de forma severa. O ponto de maior desgaste com a torcida ocorreu na decisão do Campeonato Paulista. Na ocasião, Raphael Veiga teve nos pés a chance de mudar o destino do clássico contra o Corinthians, mas viu sua cobrança de pênalti ser parada pelo goleiro Hugo Souza. O erro foi determinante para a perda do título estadual e acirrou as críticas sobre sua capacidade de decidir jogos grandes, marca que sempre foi seu diferencial.

Agora, o foco da comissão técnica e do próprio atleta se volta totalmente para o planejamento de 2026. O período de férias é visto como essencial para uma reestruturação física e mental completa. Para o Palmeiras , ter Raphael Veiga em sua plenitude técnica não é apenas um desejo, mas uma necessidade estratégica para que o time volte a dominar o cenário nacional e continental com o seu principal maestro em campo.