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Dudu x Leila: Humilhação, Assédio e os Últimos Dias no Palmeiras Revelados na Justiça

Por Redação FutVerdão em 29/07/2025 22:20

Em uma reviravolta no cenário jurídico esportivo, o atacante Dudu trouxe à tona, em depoimento formal, a sua percepção de que os momentos finais de sua trajetória no Palmeiras foram marcados por uma série de eventos que ele classificou como vexatórios. Segundo o jogador, um clima adverso o levou a buscar auxílio médico, após experimentar perda de peso e noites de insônia.

Essas declarações surgem no contexto de uma nova manifestação da defesa do atleta, inserida em um processo por danos morais movido pela presidente do Palmeiras , Leila Pereira. O documento foi protocolado no tribunal nesta terça-feira, adicionando novas camadas à contenda.

Diante do Poder Judiciário, Dudu expressou que o período derradeiro de sua passagem pelo clube alviverde foi equivalente aos seus piores dias de carreira.

O Desabafo de Dudu: Humilhação e Assédio no Palmeiras

A defesa de Dudu detalhou as condições que o atleta alegou ter enfrentado. "Foi colocado de lado, utilizado como moeda de troca ? ofertado pela dirigente a outros clubes sem sua anuência ?, mantido, em sua maioria, no banco de reservas, visivelmente sem espaço e submetido a tratamento hostil", afirma o comunicado dos representantes do jogador.

O jogador alegou ter sido alvo de assédio moral, especialmente após sua decisão de permanecer no Palmeiras , contrariando a vontade da presidente Leila Pereira. Perante a Justiça, ele declarou que "encontrava-se à beira do esgotamento emocional".

A representação legal do atleta prosseguiu, descrevendo as consequências da situação: "A hostilidade e o desrespeito vivenciados por Dudu , que claramente enfrentava assédio psicológico e moral ? sendo tratado como moeda de troca e mantido, na maior parte do tempo, no banco de reservas com pouca minutagem em campo ?resultaram em esgotamento psíquico, levando-o à perda de peso e as noites de insônia, o que o fez buscar cuidados médicos".

A Versão do Atleta: Tratamento Hostil e Esgotamento Emocional

Dudu ressaltou que a própria dirigente, Leila, teria sugerido que sua saída ocorreria "pela porta dos fundos". Para o atleta, essa declaração seria um reconhecimento de uma "saída humilhante, desonrosa, envergonhada, ou sem reconhecimento", apesar de sua condição de um dos maiores ídolos da história do clube. Tais eventos, segundo Dudu , impactaram profundamente sua saúde emocional.

Para fundamentar sua argumentação, o jogador apresentou um áudio confidencial com o diretor Anderson Barros. Na perspectiva de Dudu , que gravou a conversa sem o consentimento do dirigente, o registro "comprova a veracidade do relato e o constrangimento vivido e coloca pá de cal sobre a engendrada narrativa de Leila".

No conteúdo da gravação, Dudu manifesta seu descontentamento com o ambiente que vivenciava e seu desejo de permanecer no Palmeiras . Em resposta, ele é informado de que o clube havia recebido propostas para sua transferência e que todas as opções seriam consideradas, cabendo a decisão final ao próprio atleta.

O Áudio Confidencial e a Polêmica do "VTNC"

Ainda em sua manifestação no processo, Dudu afirmou que, em encontros pessoais, a presidente do Palmeiras "afirmava que o 'amava', mas, ao pé do ouvido, dizia: 'vá trabalhar no Cruzeiro'". Esse contexto é utilizado por Dudu para justificar o uso da sigla "VTNC" em suas redes sociais. Segundo ele, não se tratava de uma ofensa, mas sim de uma abreviação para "vim trabalhar no Cruzeiro", em decorrência do assédio constante que sofreu nos seus últimos dias no Palmeiras .

Ele esclareceu que a sigla foi empregada como um desabafo, com o sentido de: "Me esquece, chega, já deu, me deixa em paz".

De acordo com sua defesa, a expressão não deveria ser interpretada como uma ofensa direta, mas sim como uma resposta "proporcional às sucessivas agressões pelas insanas declarações de Leila somado ao assédio iniciado desde junho de 2024, quando, em rede nacional, ela atribuiu ao atleta comportamentos profundamente desabonadores, afirmando que ele 'causou prejuízo de milhões ao Palmeiras ', era 'indisciplinado' e havia 'saído pelas portas dos fundos'". Dudu ainda argumenta que, não fosse a postura e imposição de Leila, ele ainda estaria atuando pelo time alviverde.

A Réplica de Leila Pereira: Acusações e a "Verdadeira Face" do Jogador

O desabafo de Dudu ocorre logo após a dirigente tecer duras críticas ao atleta, também em uma ação de indenização por danos morais, referente a comentários feitos por Dudu em sua saída do Palmeiras . Para Leila e sua defesa, o jogador "mostrou sua verdadeira face" no Cruzeiro. A petição faz referência a polêmicas envolvendo o atacante no clube mineiro, do qual acabou se desvinculando após apenas cinco meses. Ela também afirma que ele "se calou" após ser criticado pelo mandatário celeste.

Leila Pereira também criticou a conduta de Dudu no âmbito legal, apontando que ele "faz piada com o Judiciário, imaginando que pode induzir este juízo a erro mediante a utilização de tais artifícios patéticos". Ela ainda afirmou que Dudu age "como se o Poder Judiciário fosse o palco do seu circo".

Em resposta, Dudu declarou que se trata apenas da realidade vivenciada nos bastidores do futebol, "onde, a cada partida que o atleta permanecia no banco de reservas, ouvia: 'vai trabalhar no Cruzeiro'".

O Contraponto Filosófico e a Disputa Financeira

O jogador ainda mencionou a contratação pelo Atlético-MG, onde o clube publicou a sigla "VSF", que na expressão popular denota uma ofensa, mas foi utilizada como "Vem Ser Feliz" pela equipe atleticana. Dudu citou o filósofo alemão Arthur Schopenhauer para justificar, com a frase "o mundo é minha representação", a validade de múltiplas interpretações.

Isso remete à compreensão de que tudo aquilo que percebemos é fruto de uma construção subjetiva da consciência, moldada pelas estruturas individuais da experiência (espaço, tempo e causalidade) bem como pela nossa vontade. Portanto, não há qualquer impropriedade na interpretação apresentada pela subscritora da presente, segundo a qual ?VTNC? poderia perfeitamente significar ?Vim Trabalhar no Cruzeiro, chega! Já deu, encheu o saco, vai cuidar da sua vida?. Nada além disso,

finalizou Dudu em sua defesa.

No centro da disputa financeira, Dudu busca receber R$ 500 mil em danos morais de Leila Pereira, montante idêntico ao que a dirigente cobra do atleta. O processo judicial ainda aguarda uma decisão final.

Abaixo, um resumo dos valores em disputa:

Parte Valor Solicitado (Danos Morais)
Dudu R$ 500.000,00
Leila Pereira R$ 500.000,00

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